ASN PR Atualização
Compartilhe

Aumento dos custos é a maior preocupação das MPE, no Paraná

14ª Pesquisa “Impacto da Pandemia de Coronavírus nos Pequenos Negócios revela que a Covid-19 não é mais vista como principal dificuldade para o segmento
Por Redação
ASN PR Atualização
Compartilhe

14ª Pesquisa “Impacto da Pandemia de Coronavírus nos Pequenos Negócios revela que a Covid-19 não é mais vista como principal dificuldade para o segmento

Apenas 1% dos donos de micro e pequenas empresas no Paraná afirmam que a pandemia é o que traz mais dificuldade para os negócios. É uma das menores médias do Brasil, conforme dados da 14ª Pesquisa “Impacto da Pandemia de Coronavírus nos Pequenos Negócios”, realizada pelo Sebrae e Fundação Getúlio Vargas desde o início da crise, em 2020.

A 14ª edição foi realizada entre os dias 25 de abril e 02 de maio. Mais de 13 mil pessoas responderam à pesquisa em todo o Brasil. Só no Paraná foram 620 respondentes, a maioria microempreendedores individual. E se a minoria está preocupada com o período de crise por conta do Coronavírus, para a maior parte dos entrevistados (53%), a grande dificuldade está no aumento dos custos, como aluguel, combustível, energia e insumos.

Veículo sendo abastecido
Preço dos combustíveis têm impactado a vida dos empreendedores – Foto: Gettyimages – Koonsiri Boonnak

A falta de clientes é apontada por 20% dos entrevistados como a segunda maior preocupação dos donos de micro e pequenos negócios. E em terceiro lugar, as dívidas. A maior parte dos donos de pequenos negócios do Paraná afirma que a última vez que buscou um empréstimo foi, ainda, no ano passado (2021). Dos que acessaram o crédito, 38% dizem que as parcelas estão em dia e 27% consideram os empréstimos atrasados. Entre os endividados, a maior parte tem a dívida menor do que 30% dos custos mensais da empresa.

Faturamento

Ao todo, 56% dos entrevistados no Paraná ainda afirmam que o faturamento mensal diminui, em média, 20% se comparado ao mesmo período antes da pandemia. Mas também 18% dizem que o faturamento aumentou. E 23% dos entrevistados alegam que permaneceu o mesmo. No cenário Brasileiro, os números são semelhantes: 60% dos donos de micro e pequenos negócios afirmam que o faturamento diminuiu, registrando uma receita 23% menor no período. O MEI é a categoria mais atingida, levando em conta o cenário nacional: 62% desse setor continua registrando queda de faturamento.

Quando analisado apenas o mês de abril, é possível observar um aumento no número de micro e pequenas empresas paranaenses que viram crescer o faturamento. Ao todo, 28% dos entrevistados afirmam que o faturamento aumentou em abril, 37% dizem que diminuiu, e 30% que permanece igual ao mês de abril de 2021. No Brasil, 31% apontam um aumento no faturamento, 40% uma diminuição e 25% dizem que não teve variação.

Vendas no digital

A Pesquisa “Impacto da Pandemia de Coronavírus nos Pequenos Negócios” também mostra que, na pandemia, os pequenos empresários do Paraná encontraram nas redes sociais um novo canal de vendas. No total, 65% dos entrevistados realeza vendes pelas redes sociais, como Facebook Instagram, Whatsapp por exemplo. No Brasil, o percentual é ainda maior: 71% dos entrevistados vende pelas redes.

Setores mais prejudicados

No recorte nacional, em contraponto à época que antecedeu a pandemia, os setores que detêm os maiores percentuais de perdas são Beleza, Artesanato, Economia Criativa, Turismo e Moda, com quedas no faturamento que variam de 34% a 29%. Considerando o porte dos empreendimentos, a pesquisa mostra que os Microempreendedores Individuais (MEI) são o grupo mais impactado (62% relatam queda de faturamento), com uma redução média de 29%.

Para o presidente do Sebrae, Carlos Melles, a pesquisa traz uma informação importante: nenhum segmento da economia registrou piora em 2022. Porém, indica que o quadro geral ainda inspira cuidado e monitoramento constante. “A inflação atingiu as pequenas empresas, em especial os MEI, quando eles começavam a se recuperar dos impactos da pandemia. É fundamental continuar apoiando esses empreendedores com políticas de crédito e com a possibilidade de renegociação de dívidas, tanto de empréstimos, quanto de impostos e fornecedores”, avalia Melles.