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Ecossistema de inovação e empresa do oeste vencem no Prêmio Nacional de Inovação

SRI Iguassu Valley recebeu reconhecimento como ecossistema de inovação consolidado e Oficina do Sorvete foi premiada como pequena empresa com inovação sustentável
Por Redação
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Nesta terça-feira (08), a região oeste do Paraná foi destaque no Prêmio Nacional de Inovação (PNI). Isso porque, dentre as 15 empresas e três ecossistemas de inovação que tiveram seus esforços reconhecidos, 5 eram paranaenses; dois da região: SRI Iguassu Valley – Sistema Regional de Inovação do Oeste do Paraná e Oficina do Sorvete, de Foz do Iguaçu. 

Para o consultor do Sebrae Paraná, Alan Debus, esse destaque se deve a uma série de iniciativas que vêm colocando a inovação em destaque regional. O reconhecimento, segundo ele, posiciona o oeste do Paraná como região inovadora e aumenta ainda mais a responsabilidade dos atores locais, que incentivam e fomentam inovação na prática.

“Essa conquista significa que a cooperação entre empresas âncoras, pequenas e médias empresas, instituições de ensino e entidades de apoio está dando resultados. Isso aumenta a nossa responsabilidade e nos motiva a continuar trabalhando para manter o patamar alcançado enquanto ecossistema e incentivando que outras regiões sigam o caminho” destaca Debus.

A Oficina do Sorvete, de Foz do Iguaçu, foi reconhecida na categoria pequenas empresas, na modalidade “inovação em sustentabilidade”. A iniciativa vencedora foi a Linha Sabores do Iguaçu, que usa frutas nativas, algumas já em processo de extinção, do Parque Nacional do Iguaçu, como base para as receitas dos picolés. Para isso, a empresa criou a demanda para produtores rurais de agroflorestas e estimulou o cultivo dessas frutas nativas, revertendo o processo de extinção. Nas embalagens e nos pontos de venda, a Oficina do Sorvete também utiliza QRcode para promover uma experiência imersiva ao consumidor, de forma que ele conheça o conceito de agrofloresta, peculiaridades e curiosidades de cada sabor, história, aspectos culturais, tradições e técnicas gastronômicas típicas da tríplice fronteira do Brasil, Paraguai e Argentina.

Maria Cristina comemora a conquista do primeiro lugar no palco do PNI

O reconhecimento da iniciativa também teve como base o acesso a um novo nicho de mercado com pessoas que têm compromisso com sustentabilidade, aplicação do Fair Trade com produtores rurais (conceito que pratica o comércio justo com fornecedores e consumidores), utilização de potes biodegradáveis para os sorvetes e adoção de painéis solares para a produção de energia limpa.

“A Oficina é empresa inovadora e sabemos que, muitas vezes, a inovação é um custo extra. Mas o Prêmio é como um incentivo a mais para que a gente continue inovando, assumindo esse custo com menos medo e sabendo que arriscar pode ser uma coisa boa. O resultado é esse e o reconhecimento veio. É muito legal”, garante Maria Cristina Ventura Muggiati, proprietária da Oficina do Sorvete.

Estágio consolidado

Na categoria dos ecossistemas de inovação, o SRI Iguassu Valley – Sistema Regional de Inovação do Oeste do Paraná conquistou o lugar mais alto no pódio na modalidade “ecossistemas consolidados”. O grupo, que surgiu entre 2016 e 2017, desenvolve ações integradas de inovação em toda a região e foi reconhecido, principalmente, por definir uma governança consolidada com atuação constante por meio de projetos, ações, negócios, políticas públicas e outras iniciativas que fortaleceram o Ecossistema.

O diretor técnico do Sebrae, Bruno Quick fez a entrega do prêmio para Jadson Siqueira, coordenador do SRI Iguassu Valley

Entre os principais fatores apontados pelo PNI, estiveram a boa organização, articulação e estruturação do grupo, que permite com que o ecossistema faça a coordenação e integração de ações e atividades nas cidades que o compõem e apresentaram um robusto engajamento dos atores na gestão com Grupos de Trabalhos em Cooperação, Recursos, Empreendedorismo Inovador, Educação e Políticas Públicas, com estratégias definidas e reuniões mensais.

“Temos empreendedores que lideram esse processo, mas são apoiados por instituições, universidades, parques tecnológicos, habitats de inovação e incubadoras. O grande mérito desse Prêmio é da própria governança que tem se mostrado atuante, com conversas regulares e unidade. Dessa forma, nenhuma inovação que é realizada no nosso território passa despercebida”, enfatiza o coordenador do SRI Iguassu Valley, Jadson Siqueira.

Para ele, o reconhecimento do SRI como melhor ecossistema consolidado do País faz com que o oeste se destaque a nível mundial e, com isso, novas oportunidades poderão surgir.

“O Prêmio é uma oportunidade de divulgar o trabalho que já é feito e mostrar que o oeste é uma região boa para se empreender com inovação. Mostramos que temos solo fértil para gerar empregos, atrair novas indústrias e novos negócios e que somos, sim, um bom lugar para que empreendedores fixem residência e procurem lugar para investir, empreender e inovar”, destaca.

Hoje, o SRI Iguassu Valley é composto por 7 empresas âncoras, 324 startups, 8 instituições de apoio, 21 habitats de inovação, 25 instituições de ensino, 7 movimentos municipais (distribuídos em Cascavel, Foz do Iguaçu, Toledo, Marechal Cândido Rondon, Medianeira, Palotina e Santa Helena) e dez grupos de trabalho. Como resultado, existe uma governança regional focada na inovação que atua em cinco frentes: políticas públicas, obtenção de recursos, cooperação, empreendedorismo inovador e educação.

Sobre o Sebrae 50+50

Em 2022, o Sebrae celebra 50 anos de existência, com atividades em torno do tema “Construir o futuro é fazer história”. Denominado Projeto Sebrae 50+50, a iniciativa enfatiza os três pilares de atuação da instituição: promover a cultura empreendedora, aprimorar a gestão empresarial e desenvolver um ambiente de negócios saudável e inovador para os pequenos negócios no Brasil. Passado, presente e futuro estão em foco, mostrando a evolução desde a fundação em 1972 até os dias de hoje, com um olhar também para os novos desafios que virão para o empreendedorismo no país.