NetWord Agro, de Palotina e Datlo, de Maringá, participarão da Get in the Ring, vão batalhar por suas ideias e soluções em competição global
Entre os dias 12 e 15 de novembro, duas startups paranaenses vão marcar presença na Get in the Ring (GITR), em Haia, na Holanda. O evento é considerado a maior competição de pitching (discurso de venda, uma técnica de exposição clara, rápida e convincente de um projeto a ser vendido) do mundo, conectando e reunindo empresas inovadoras para compartilhar histórias, ideias e fazer negócios. As representantes do Paraná são a NetWord Agro, de Palotina, e a Datlo, de Maringá.
Na competição, mais de dez mil startups de cem países em mais de 500 cidade foram conectadas. Ana Carolina Clivatti Ferronato, sócia fundadora da NetWord Agro, relata que a participação na GITR é resultado de uma soma de competições e títulos que foram acumulados ao longo da história da startup.
“Iniciamos com a participação na Copa Mundial de Empreendedorismo, fomos uma das cinco brasileiras selecionadas para a etapa Mundo. Como prêmio, ganhamos a participação no GITR Brasil 2021 que aconteceu em conjunto com o Sebrae Like a Boss no Summit, em Florianópolis. No GITR Brasil, conquistamos o TOP 3 da disputa de Startups e garantimos nossa vaga na etapa mundial em Haia, em Novembro de 2022”, relata.
Segundo a empreendedora, fazer parte de um evento global de tamanha relevância como esse auxilia, inclusive, no processo de internacionalização das operações da startup, que trabalha com monitoramento de solos e lavouras e leva ciência e tecnologia ao campo, buscando aumentar a rentabilidade e a qualidade de vida dos produtores.
“Fazer parte de um evento global como o GITR traz a confirmação de que estamos trilhando o caminho certo e que nossos esforços e dedicação estão se tornando resultados reais. Nossa expectativa é, também, de iniciar a trilha de internacionalização através de encontros com possíveis parceiros de operação e investidores”, pontua.
A outra paranaense que estará na competição é a Datlo, uma startup de Maringá que trabalha com inteligência geográfica que utiliza técnicas de big data e de inteligência artificial para ajudar as empresas a encontrar oportunidades de mercado a partir da localização, ou seja, oferece a possibilidade de identificação de novos potenciais locais para atuar, de clientes e de otimização de equipes.
O geógrafo e CEO da empresa, Mateus Felini, conta que a oportunidade de participar da Get in the Ring surgiu após estímulo do Sebrae/PR e da Evoa, aceleradora sem fins lucrativos de Maringá.
O desembarque na Holanda ocorre quando a startup prepara mudanças na plataforma, que pode rodar em nível global, e mira a internacionalização. Hoje, a área de atuação abrange a América Latina, Estados Unidos e há alguns clientes na Europa.
“Esperamos fazer conexões com grandes empresas, que podem se tornar parceiras, investidoras, gerar networking e fortalecer a marca, porque o evento atribui credibilidade. Iremos de olho em contatos que possam colaborar com o processo de internacionalização, principalmente na Europa. A cada dia, é inevitável que a gente não se surpreenda com o avanço da Datlo”, diz Mateus Felini.
A participação das duas paranaenses, segundo o coordenador de startups do Sebrae/PR, Rafael Tortato, consolida a relevância do Estado em nível mundial.
“As startups participantes terão várias oportunidades, desde a internacionalização, com a conexão com potenciais clientes, parceiros e investidores, além da troca com outras startups internacionais”, enfatiza.
Segundo ele, a escolha das duas foi feita após um longo processo seletivo, que levou em conta os resultados apresentados pelas startups e, também, os potenciais frente à internacionalização.
“Tivemos cem startups que começaram o processo no Desafio Sebrae Like a Boss e 24 foram escolhidas, por meio de júri para seguir para a final no Startup Summit, em agosto. Depois, houve a seletiva para a GITR, que é uma grande oportunidade para os participantes”, completa.
Ao longo de sua trajetória, o Programa Like a Boss, promovido pelo Sebrae, atendeu uma média de 12 mil startups por ano, nos mais diversos níveis de maturidade. O Desafio compreende, além da competição com premiações, uma série de estímulos voltados às startups em contextos de atuação nacional e internacional. As empresas envolvidas têm a chance de participar de mentorias, capacitações, consultorias, missões e outras atividades.
Startups nacionais
Além das startups paranaenses, outras três brasileiras foram escolhidas para participar da competição: DigiFarmz (campeã do Desafio Like a Boss em 2020); Aarin e Trashin (campeãs de 2022). Na Get In The Ring, que em tradução livre significa “entre no ringue”, as startups participantes recebem conselhos de líderes de negócios e têm foco em encontrar clientes e investidores em potencial.
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