O Ecossistema de Inovação de Londrina ganhou uma identidade: Estação 43. O nome foi apresentado de forma oficial durante evento promovido pelo Sebrae/PR e Instituto de Desenvolvimento de Londrina (Codel), na manhã desta segunda-feira (29), na Prefeitura de Londrina. Na oportunidade, foi divulgada a evolução do trabalho realizado pela governança, iniciado em 2017, e o atual nível de maturidade do ecossistema local.
O presidente do Instituto Estação 43, Lucio Kamiji, explica que o nome foi escolhido em homenagem aos colonizadores pioneiros, que chegaram à Londrina por meio das estações rodoviária e ferroviária e desbravaram a cidade. O 43 faz alusão ao DDD local para incluir a região como um todo.
“Na década de 1970, Londrina era conhecida como a capital do café e agora queremos ser a capital mundial da inovação”, destaca.
O gerente da Regional Norte do Sebrae/PR, Fabrício Bianchi, explica que o Estação 43 será registrado como Organização Social (OS) e gerido por um conselho de administração consultivo formado por representantes de instituições públicas e privadas, que já se reúne mensalmente para discutir as ações das governanças e temas que podem ser trabalhados de maneira integrada e colaborativa.
“Como personalidade jurídica, o Estação 43 legitima o processo de capital social já existente focado na inovação e geração de empregos de base tecnológica para a cidade. Torna-se um captador de recursos para investimentos e abre um grande leque de oportunidades”, explica.
O planejamento do ecossistema de inovação de Londrina foi iniciado em 2017, com apoio da Fundação Certi, que elencou as cinco principais áreas com maior potencial para a inovação no município: saúde, agronegócio, tecnologia da informação e comunicação (TIC), eletrometalmecânico e químico e materiais.
Naquela época, o nível de maturidade do ecossistema local de 16,50 numa pontuação que vai de 0 a 30. A avaliação foi baseada em seis vertentes, de acordo com metodologia desenvolvida pelo Sebrae/PR, como programas e ações; capital; instituições de ciência, tecnologia e inovação (ICTI); governança; políticas públicas; e ambientes de inovação.
Hoje, o Estação 43 reúne 11 setores. Além dos cinco iniciais, foram incluídos construção civil, turismo, varejo, instituições de ensino superior, audiovisual e smart cities. Cada um possui governança e plano de ação próprios. Em seis anos, evoluiu de um ecossistema considerado “em estruturação” para “em desenvolvimento” e alcançou a pontuação de 21,17.
O presidente da Codel, Alex Canziani, destaca que para potencializar o trabalho desenvolvido pelo Estação 43, o município trabalhará, em parceria com o Sebrae/PR, na modernização das principais leis de inovação da cidade, a Lei de Inovação, do ISS Tecnológico, e da Industrialização.
“É uma maneira de sermos mais efetivos na atração de empreendimentos para a cidade e fomentar os que já estão instalados aqui. Vamos criar um grupo de trabalho para apresentar as novas legislações mais atualizadas ainda neste ano”, afirma.
Durante o evento foram apresentados os casos de três empresas inovadoras que nasceram em meio a construção desse ambiente de inovação em Londrina. A Yazo, um braço do Grupo Frezarin, que se tornou a maior startup de aplicativos para eventos da América Latina; a Trace Pack, que nasceu dentro do primeiro hackathon do agronegócio de Londrina e oferece o serviço de gestão de dados para maquinários; e a Yuze, que possui uma linha de produtos inovadores para a cozinha e cuja tecnologia está presente em 23 países.