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Minha loja física vai morrer? Na era digital, muitos comerciantes têm se perguntado como manter o seu comércio vivo, atrair e reter clientes, diante da praticidade das compras on-line, que podem ser feitas de qualquer lugar e a qualquer hora do dia. Este foi o tema da palestra organizada pelo Sebrae/PR para lançar aos comerciantes de Londrina o programa Varejo de Rua, que iniciará as ações em abril. O objetivo é fortalecer os negócios instalados na região central e na zona norte, que tem como principal ponto de comércio a Avenida Saul Elkind.
O programa visa a melhoria da gestão e o aumento da competitividade dos negócios. A iniciativa inclui um ciclo com diagnósticos personalizados, workshops, consultorias e avaliações práticas para auxiliar os empresários a identificarem pontos de melhoria e implementarem estratégias eficientes. As ações se estenderão ao longo de oito meses e contam com subsídio do Sebrae/PR.
Na programação, estão dois diagnósticos de gestão, realizados no início e no final do projeto, abrangendo as áreas de planejamento, finanças, marketing, vendas, liderança, gestão de pessoas e operação da loja. Além disso, cada empresa receberá visitas de clientes ocultos, que avaliarão a experiência do consumidor e apontarão oportunidades de aprimoramento. O programa inclui ainda seis workshops temáticos e seis consultorias individuais, garantindo suporte prático na implementação das mudanças sugeridas.
É importante que os empresários olhem para dentro das lojas e analisem as possibilidades de melhorias para oferecer uma experiência de compra diferenciada aos clientes que estão indo às ruas e buscando por experiências. O programa vem ao encontro da necessidade de transformação e adaptação do comércio de rua aos movimentos de compra e comportamento dos consumidores.
A consultora do Sebrae/PR, Alesandra de Almeida, destaca que o Varejo de Rua visa preparar os lojistas, oferecendo aos empresários conhecimento e ferramentas para que possam superar desafios, implementar melhorias e estratégias de crescimento e se destacar em um mercado cada vez mais competitivo.
“A proposta é identificar e agir sobre os pontos críticos para que as empresas se adaptem às mudanças do mercado e incorporem inovações em seus processos. Quando um negócio investe na melhoria da gestão e no desenvolvimento de suas equipes, melhora sua credibilidade e percepção de qualidade junto aos clientes”, afirma Alesandra.
Na zona norte
A Avenida Saul Elkind conta com 856 empresas ativas. Esse volume demonstra a relevância do comércio local para a economia da cidade e reforça a necessidade de ações voltadas ao fortalecimento desses negócios.
O coordenador do Núcleo Saul Elkind Mais Forte, Antonio Fernandes Barbosa, diz que os empresários precisam entender que a forma como conhecem o comércio mudou e que é necessário se capacitar para não ficar para trás. Ele lembra que a região norte concentra o maior Produto Interno Bruto (PIB) de Londrina e possui um grande potencial, mas é fundamental se diferenciar para conquistar os clientes, cuidar da fachada, layout da loja, vitrine, atendimento e trabalhar com produtos de qualidade.
“Qual experiência de compra estamos oferecendo ao consumidor? Precisamos inovar, nos capacitar e sair da zona de conforto. E este programa é uma oportunidade única, porque tem um valor muito acessível”, argumenta Barbosa.
Inovação
O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Londrina e Região (Sincoval) e vice-presidente da Fercomércio PR, Ovhanes Gava, evidencia o importante papel desempenhado pelo Sistema S de apoio aos comerciantes, com o objetivo de desenvolver os negócios do varejo de rua. Ele lembra que, hoje, essas lojas concorrem não só com shoppings, mas também com o comércio eletrônico e até ambulantes, por isso, precisam inovar.
“O mercado digital tem crescido, mas as lojas físicas não vão morrer. O programa vem ao encontro da ideia de promover a retomada da pujança do comércio de rua de Londrina. Capacitar os empresários é importante para a sobrevivência dos negócios”, pontua.
Para o coordenador de Núcleos de Rua de Londrina e diretor da Associação Comercial e Industrial de Londrina (Acil), Luiz Carlos Euzébio, o comércio tem se transformado muito rápido a partir da era digital e alguns empresários ainda têm dificuldades para acompanhar tais mudanças, por isso, precisam de apoio através de acesso a conhecimento, networking e troca de experiências. Só no centro, são 14.353 empresas do varejo.
“Desde que montamos os núcleos de rua, temos conseguido benefícios que sozinhos jamais conseguiríamos. A união faz a força e a diferença. Ainda bem que temos esse ponto de apoio das instituições, que precisam ser buscadas pelos empresários”, comenta.
As atividades do Varejo de Rua serão distribuídas entre abril e novembro de 2025, com encontros presenciais e suporte contínuo para os participantes. As adesões podem ser feitas até 1º de abril pelo telefone (43) 3373-8000 ou pelo WhatsApp (41) 3330-5700. As vagas são limitadas.
O programa tem como parceiros a Acil, por meio do Programa Empreender, Associação do Comércio e Indústria da Região Norte (Acirenor), Fecomércio PR, Sindicatos Empresariais do Comércio, Sesc, Senac, Câmara da Mulher Empreendedora e os Núcleos de Rua Saul Elkind Mais Forte, Rua Sergipe, Rua Guaporé, Nossa Duque e Calçadão.
