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Ecossistema Iguassu Valley se consolida como modelo para outras regiões do Estado

Modelo de geração de negócios por meio da inovação aberta, que ocorreu no Link Iguassu Valley e teve início na região Oeste, foi replicado na capital paranaense
Por ASN Paraná
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No último dia 17 de junho, o evento Link Curitiba destacou a relevância do ecossistema Iguassu Valley como um dos propulsores da inovação aberta no estado do Paraná. Na prática, a metodologia se baseia na abordagem colaborativa, em que organizações utilizam ideias internas e externas para acelerar a inovação, compartilhar riscos e aproveitar oportunidades de mercado de forma mais eficiente.

No Oeste paranaense, a metodologia já se tornou tradicional, visto que o ecossistema Iguassu Valley a utiliza no Link, movimento que, neste ano, chega à quarta edição. Agora, o modelo foi aplicado na capital do Estado, e os resultados, segundo o consultor do Sebrae/PR, Alan Debus, foram positivos.

“O Link é um evento que começou no ecossistema Iguassu Valley e deu ótimos resultados desde a primeira edição. Somente no ano passado, por exemplo, foram 618 participantes (dentre eles, 350 solucionadores), de 44 cidades, cinco estados (Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Rio Grande do Sul e Distrito Federal) e dois países (Brasil e Paraguai), com a realização de mais de 70 pitches. Ao final, 479 propostas foram habilitadas. Diante desses resultados, a metodologia já estava sendo estudada e, neste ano, trouxemos o modelo para Curitiba,” disse Debus, enfatizando os números expressivos.

Painel ocorreu durante o Link, em Curitiba. Foto: Inove

Na capital, o Link recebeu mais de mil participantes entre solucionadores e empresas demandantes, na Ligga Arena. Ao final, 1.503 habilitações, que são intenções de propostas para as empresas demandantes, foram encaminhadas.

“O histórico no Oeste já era muito positivo. Agora, com o modelo sendo replicado em Curitiba, temos um novo movimento, que é o de outras cidades e regiões se inspirando no Iguassu Valley para também fomentarem a inovação e, com isso, impulsionarem o desenvolvimento dos negócios inovadores”, completou Debus.

Nesse sentido, o ecossistema Iguassu Valley teve um espaço para apresentar os resultados regionais e demonstrar um caso de sucesso, que surgiu por meio de um Link. Para isso, Cícero Bley Júnior, fundador e diretor da Bley Energias, uma empresa residente no Biopark, e Gustavo Valcarenghi, gestor de novos negócios da VIA Group, subiram ao palco para comandarem um painel.

“Apresentamos o case Via Lácteos associado à Bley Energias, especialista em produção de biometano para a substituição de diesel em transportes de cargas, com descarbonização,” explicou Bley Júnior. “O case do Oeste serviu para mostrar resultados do Iguassu Valley, um programa de inovação aberta cogerenciado pelo Sebrae,” explicou Cícero.

Gustavo ressaltou que essa parceria só foi possível por conta da interação plena do ecossistema.

“Através do movimento Iguassu Valley, a empresa encontrou o parceiro ideal na Bley Energias para implementar um modelo inovador de abastecimento com biogás a partir de resíduos da produção agrícola. Essa solução disruptiva gera renda para produtores, reduz custos para transportadores, beneficia a indústria e contribui para a sustentabilidade. Assim como nós acreditamos que a inovação é fundamental para o futuro, convidamos outras empresas a seguirem o mesmo caminho,” ressaltou.

Evento foi realizado nesta segunda-feira (17) na Ligga Arena. Foto: Inove

Valcarenghi também destacou a importância da participação no Link Curitiba. “A nossa participação no Link 2024 foi uma quebra de paradigmas ao apresentarmos um case de sucesso inovador nascido no interior do Paraná. A VIA desafiou a crença comum de que a inovação reside apenas em grandes centros urbanos, inspirando o público e demonstrando o potencial existente em todo o estado como polos de inovação,” disse.

Em Curitiba, o Link foi realizado pelo Sebrae/PR em parceria com ecossistemas de Curitiba (Vale do Pinhão) e metropolitanos de inovação: Hangar SJP, de São José dos Pinhais; Conecta Pinhais; Grape Tech, de Colombo; EcoAr, de Araucária; e Ecossistema Local de Inovação de Fazenda Rio Grande. A ação reuniu 800 solucionadores entre startups, pesquisadores, instituições de ensino e micro e pequenas empresas de 66 cidades e 11 estados para solucionar demandas da Volvo, Bosch, Grupo Boticário, Furukawa, Ademicon, Case New Holland (CNH), Magius e Klabin.

Foram mais de 60 desafios apresentados no evento, segmentados nas temáticas de inteligência artificial, ESG, indústria 4.0, integração de dados para gestão, experiência do cliente, automatização de tarefas repetitivas, assistentes virtuais, logística e suprimentos, recursos humanos e visão computacional.

“Entre fundos de investimentos, empresas e institutos de ciência e tecnologia do Brasil, 26 instituições foram selecionadas para apoiarem os solucionadores no relacionamento com as empresas. Por meio dessas instituições, as propostas se tornaram mais atrativas para contratações. A ideia é que pequenas empresas inovadoras possam ganhar mercado no contato com as grandes”, destacou César Reinaldo Rissete, diretor-técnico do Sebrae/PR.

Link Iguassu Valley

Com o modelo já consolidado na região e, agora, também na capital paranaense, o ecossistema Iguassu Valley prepara os últimos detalhes da jornada de matchmaking do Link deste ano.

O encontro será no Centro de Eventos da Cooperativa Lar, em Medianeira, no dia 31 de julho, das 8h30 às 16 horas. Já estão confirmadas as presenças de grandes empresas, como Copacol, C.Vale, Unimed Cascavel, Lar, Coopavel, Frimesa, Copagril, Coprossel e Via Group. A iniciativa é do ecossistema Iguassu Valley e Sebrae/PR e as correalizadoras são as cooperativas Lar e Frimesa.

Serão apresentados, no total, 53 desafios aos participantes. Para fazer a inscrição, basta acessar este site.

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