No Paraná, grupo passou por Toledo e Foz do Iguaçu para conhecer empresas e ecossistemas que consolidaram a região como destaque nacional em inovação
Representantes de 19 empresas e organizações premiadas no Prêmio Nacional de Inovação deste ano fizeram parte do grupo que visitou parques tecnológicos e ecossistemas de inovação em uma imersão promovida pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O roteiro levou os participantes para uma “rota da inovação”, com o objetivo de aproximar realidades e estabelecer conexões por meio de soluções inovadoras. Foram visitadas três cidades: Toledo, Foz do Iguaçu e Florianópolis, localidades que, segundo o coordenador da Unidade de Inovação do Sebrae Nacional, Marcus Vinicius Lopes Bezerra, têm muito a ensinar sobre inovação.
“Nesta edição do Prêmio, tivemos um destaque muito grande para a região oeste do Paraná e percebemos que era necessário trazer os demais vencedores até aqui para que pudessem ver de perto as estratégias regionais. Foi uma oportunidade de mergulhar no ecossistema local de inovação, que foi considerado o melhor do Brasil em estágio consolidado, e, também, de conhecer espaços que respiram inovação na prática”, indicou Marcus.
No roteiro, cerca de trinta pessoas, entre os vencedores e, também, gestores do Sebrae e da CNI, passaram pelo Biopark, em Toledo, para conhecer o parque tecnológico e as estruturas dos laboratórios. Depois, ocorreram encontros de networking com representantes das cooperativas Lar e Frimesa e do laboratório Prati-Donaduzzi. Em Foz do Iguaçu, o tour contemplou uma visita ao Parque Tecnológico Itaipu e degustação da linha Sabores do Iguaçu, da Oficina do Sorvete, empresa que venceu o Prêmio na modalidade pequenos negócios, categoria “inovação em sustentabilidade”.
Maria Cristina Ventura Muggiati, proprietária da Oficina do Sorvete, além de ter sido anfitriã, foi, também, participante da imersão. Segundo ela, a experiência foi enriquecedora e promoveu conexões e troca de vivências.
“Esse evento nos proporcionou uma experiência única, momento que aproveitamos para validar um novo produto a ser inserido no mercado. Além disso, tivemos a possibilidade de divulgação dos nossos produtos e da nossa forma de trabalhar”, destaca.
A empresária comentou ainda que a imersão trouxe nova motivação para que os trabalhos tenham continuidade.
“Um dos ápices foi aprender sobre como fazer a mensuração do impacto socioambiental do trabalho que fazemos. Vi que 75% das empresas de impacto não mensuram e esse é um aprendizado que nos fez constatar que estamos no caminho certo, mas temos mais para agregar”, afirma.
Para a gerente executiva de inovação da Diretoria de Inovação da CNI, Tatiana Farah, é a partir de depoimentos como esse que a missão se consolida como cumprida. Afinal, de acordo com ela, as imersões a ecossistemas de inovação já estão reconhecidas como uma agenda relevante para CNI/MEI. Essa imersão teve como especial foco o desenho orientado aos vencedores do Prêmio, o que possibilitou a experimentação de soluções e o intercâmbio de ideias “direto da fonte”.
“É importante que as empresas se reconheçam e percebam que as práticas que consolidaram os vencedores são replicáveis e possíveis, dentro da realidade de cada um. Então, nessa imersão nacional, queríamos oportunizar a troca de contatos e a interação dos ecossistemas e empresas, fortalecendo a rede”, enfatiza Tatiana.
A gestora destaca, ainda, que o roteiro não foi pensado por acaso e a parada na região oeste foi estratégica.
“Tivemos inscritos e ganhadores da região. Isso nos chamou a atenção para dar visibilidade ao desempenho local. Muito desse resultado tem a ver com a capacidade de as lideranças empresariais assumirem a responsabilidade de promover inovação e de fazer as coisas acontecerem. O oeste paranaense tem muito a nos ensinar e, por isso, a imersão foi extremamente produtiva”, completa.
Depois de percorrer as duas cidades da região, o grupo foi até Florianópolis, onde visitou a sede da Nanovetores, premiada pelo PNI, e participou do Startup Summit. Também como parte da premiação, em junho foi realizada uma missão técnica em Israel para os ecossistemas de inovação e vencedores das categorias grandes e médias empresas. Em outubro, os vencedores da categoria pequenos negócios partirão para uma outra imersão na Finlândia.
Sobre o PNI
O Prêmio Nacional de Inovação (PNI) é uma promoção da CNI em parceria com o Sebrae. É a única premiação do país que entrega relatório personalizado e gratuito a todas as instituições inscritas, com feedbacks, identificação de pontos fortes e oportunidades de melhorias, além do comparativo entre os candidatos da mesma modalidade.
Ao longo de sete edições do PNI, o programa de imersões reuniu 600 pessoas de 92 instituições e empresas premiadas. Neste ano, dentre os vencedores, estavam os seguintes representantes do Paraná: ecossistema de inovação Sistema Regional de Inovação do Norte Pioneiro do Paraná (estágio inicial) e SRI Iguassu Valley – Sistema Regional de Inovação do Oeste do Paraná (estágio consolidado); Oficina do Sorvete (inovação em sustentabilidade por micro ou pequena empresa), Tecnospeed (gestão de inovação por empresa de médio porte), e Grupo Boticário (inovação em sustentabilidade por uma grande empresa).
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