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Com VGV de R$ 3,3 bi, mercado imobiliário de Londrina registra resultado histórico

Dados são do Estudo do Mercado Imobiliário, realizado pela Brain, que foi contratado pelo Sinduscon Paraná Norte, Secovi Norte-PR e Sebrae/PR
Por Sebrae/PR e Sinduscon PR Norte
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O aumento da renda média das famílias, aliado à forte geração de empregos e ao crescimento demográfico, impulsionaram a demanda por novos imóveis em Londrina. Foto: Vivian Honorato/Arquivo Prefeitura de Londrina.

O mercado imobiliário de Londrina encerrou 2024 com resultados históricos, consolidando o melhor desempenho já registrado pelo setor na cidade. O Estudo do Mercado Imobiliário de Londrina, realizado pela Brain Inteligência Estratégica, revelou que o Valor Geral de Vendas (VGV) dos lançamentos atingiu R$ 3,3 bilhões, cerca de R$ 1 bilhão a mais que no ano anterior. Foram R$ 2,3 bilhões apenas no segmento de apartamentos, números considerados inéditos para Londrina. A pesquisa foi contratada pelo Sinduscon Paraná Norte, Secovi Norte-PR e Sebrae/PR.

“Londrina respondeu muito bem no ano passado e tem tudo para ter uma boa resposta neste ano. A cidade tem demanda do programa Minha Casa Minha Vida e alta taxa de locação (26%), isso mostra que tem mercado para o investidor que compra imóvel para alugar e tem crescimento demográfico, fatores que geram boa movimentação”, afirma o CEO da Brain Inteligência Estratégica, Marcos Kahtalian.

O cenário positivo pode ser explicado por uma combinação de fatores que criaram um ambiente favorável para o setor. De acordo com a pesquisa, o aumento da renda média das famílias da cidade – que alcança R$ 7.071,53 -, aliado à forte geração de empregos e ao crescimento demográfico, impulsionaram a demanda por novos imóveis.

“Os dados reforçam a maturidade do setor e o cenário econômico se somou à qualidade dos empreendimentos, projetos que atenderam às expectativas dos consumidores”, avalia a presidente do Sinduscon PR Norte, Celia Catussi.

Em 2024, foram lançados 36 empreendimentos, com 5.732 unidades entre verticais e horizontais. Apesar dos novos projetos, o estoque de imóveis ainda é baixo, apenas 5% das novas habitações prontas para morar continuam disponíveis para a venda, o que revela que a cidade ainda tem bastante espaço para novos lançamentos.

“O setor está com estoque abaixo do ideal para atender à demanda do mercado imobiliário. O que representa uma oportunidade para quem está planejando investir”, analisa o consultor do Sebrae/PR, Gustavo Ishikawa.

A taxa de crescimento domiciliar, em torno de 2% ao ano, é um indicativo de que a necessidade por novos imóveis deve continuar alta nos próximos anos. O secretário municipal de Planejamento, Orçamento e Tecnologia de Londrina, Marcos Rambalducci, afirma que a administração pública deve facilitar processos para fomentar o mercado.

“Quando olho para a construção civil, vejo principalmente a geração de emprego e renda. O setor está muito aquecido e os dados comprovam que ainda temos muito espaço para crescer”, observa.

 MCMV impulsiona mercado

Um dos grandes destaques do estudo, que leva em conta os números de 2024, é o papel do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) no desempenho do mercado imobiliário em Londrina. O segmento econômico, ligado ao programa, liderou os lançamentos com 15 empreendimentos e mais de 3 mil unidades, mostrando a alta demanda por habitação de entrada.

A procura por imóveis do MCMV também é justificada pelo perfil do mercado local. A pesquisa mostra que 25% das famílias londrinenses moram de aluguel, o que representa uma em cada quatro.

“Atualmente, percebemos inclusive a falta de imóveis residenciais para locação, o que na cidade também é um bom mercado a ser explorado, pois, no futuro, a demanda será alta”, analisa o presidente do Secovi Norte-PR, Paulo Oliveira.

Oportunidades

O estudo revela oportunidades de investimentos em nichos como o de apartamentos compactos e de luxo, que apresentam grande absorção no mercado. A tipologia de dois dormitórios, especialmente em faixas de preços entre R$ 6 mil e R$ 7 mil por metro quadrado, continua sendo uma das mais procuradas, enquanto a demanda por imóveis de três dormitórios também mostra um bom ritmo de vendas, com alta absorção nas regiões da Gleba Palhano e Jardim Botânico. A previsão é de que o mercado continue se aquecendo, com um crescimento vegetativo anual de 1,9% nos domicílios da cidade.

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