
Toledo, na região Oeste do Paraná, foi a cidade-sede de um evento que busca soluções reais para a indústria. Empreendedores e representantes do setor metalmecânico do Oeste do estado participaram do 1º Encontro CTMAQ/POD – Indústrias de Máquinas e Equipamentos Metalmecânica, que teve como tema “Da captação de recursos à inovação”.
O que esses empresários procuram é a promoção de conexões estratégicas que possam resultar em negócios e ser eficazes na expansão regional do setor.
O evento foi organizado pela Governança Indústria 4.0 da CTMAQ do Programa Oeste em Desenvolvimento, com ações do Sebrae/PR e do Senai voltadas à indústria. Também aconteceu um painel que abordou a interação entre universidade e empresa como motor da inovação regional.
O consultor do Sebrae/PR, Edson Braga, explica que empresários do setor de máquinas e equipamentos precisam absorver mais sobre o tema inovação, e entender que existem possibilidades de expansão.
“Existem fatores importantes que devem ser levados em conta entre esses empresários, como competitividade, redução de custo e melhoria de produtividade, atendimento às demandas de clientes e cadeias mais exigentes, acesso a incentivo e apoio ao mercado de inovação, sustentabilidade e futuro. Precisamos fortalecer esse ecossistema, deixar claro que inovar deixa de ser uma opção e passa a ser um diferencial estratégico”, conta Edson.
Marcos Roberto Bombacini, professor da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR – Campus Toledo), reiterou o papel da academia no fortalecimento do setor metalmecânico e na promoção da inovação industrial na região Oeste.
“O Encontro desempenha um papel fundamental no setor metalmecânico por ser uma plataforma dedicada à conexão entre empresários, fornecedores e decisores, promovendo parcerias estratégicas, geração de negócios e troca de informações relevantes sobre tendências, desafios e novas tecnologias. Além disso, a troca de experiências em ambientes colaborativos estimula a adoção de melhores práticas e incentiva o desenvolvimento de soluções compartilhadas, o que é vital para a evolução sustentada do setor metalmecânico no Oeste do Paraná”, explica o professor Marcos.
O Encontro CTMAQ/POD acontece com o propósito de pensar adiante, em soluções de desenvolvimento que propiciem às indústrias possíveis formas de crescimento.

Do Programa Oeste em Desenvolvimento (POD), a secretária executiva Lara Beatrice Biezus, coloca como prioridade a iniciativa de que as frentes envolvidas nessa área trabalhem juntas pelo desenvolvimento econômico da metalmecânica.
“A expansão dos negócios pode acontecer a partir da mobilização dos recursos internos ou existentes no próprio território. Eventos dessa natureza prospectam oportunidades antes não identificadas pelos empresários e empreendedores do setor e geram fortalecimento regional, mobilizando e fortalecendo o setor, com impacto direto na economia local”, explica Lara.
Expansão x mão de obra
Um dos grandes desafios do setor metalmecânico é o déficit de mão de obra. Há um consenso entre as indústrias de que é preciso pensar em alternativas para aumentar a produção. Os investimentos em tecnologia e o uso da inteligência artificial são tratados como soluções para essa expansão.
Felipe Brittes, gerente de relacionamento do Sistema Fiep, Sesi, Senai e IEL, explica que, em todo o Brasil, o Senai tem trabalhado para unir a preparação profissional aos recursos tecnológicos e, na região Oeste, isso também é prioridade.
“Metalmecânica é sinônimo de Senai. Na nossa região não é diferente: temos trabalhado bastante com o jovem aprendiz para que, desde o ensino médio, ele siga nos estudos e busque soluções inovadoras para a área. Temos um mercado muito aquecido, e a tecnologia precisa ser uma alternativa para que o setor não dependa apenas da mão de obra”, explica o gerente Felipe.

Realidade do setor
O crescimento da indústria metalmecânica no Oeste tem se destacado, e um dos motivos é o agronegócio. Existe uma projeção de que esse momento reflita no início das exportações realizadas pelo setor, inclusive para países do Mercosul.
O crescimento industrial no Paraná também favorece indústrias de máquinas/equipamentos, já que essas são muitas vezes fornecedores de peças, ferramentais, sistemas para outras indústrias.
Adair João Schumacher, é empresário do ramo e Coordenador da CTMAQ, participou do encontro com a intenção de criar conexões e encontrar soluções necessárias para atender demandas que atinjam o mercado de forma ampla. Ele afirma que já foi possível identificar possibilidades de resolução de problemas enfrentados atualmente, o que deve refletir diretamente na expansão regional.
“Foram apresentadas conexões com parques tecnológicos, universidades e o Sistema S, que trouxeram muitas possibilidades para melhorar processos, produtos, marcas e websites. Existe uma cadeia grande à disposição dos industriais, mas muitos não sabiam. Além disso, tivemos a oportunidade de conhecer vários editais que injetam recursos ou conhecimento para inovar dentro de cada empresa”, pontua o empresário Adair.
São parceiros da Governança Industria 4.0 da CTMAQ: Programa Oeste em Desenvolvimento (POD), Sebrae/PR, Fiep/Senai, Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Associação Comercial e Empresarial de Marechal Cândido Rondon (Acimacar), Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Associação Comercial e Empresarial de Toledo (ACIT), Biopark, Pré-incubadora, Incubadora, Aceleradora e Hub de Inovação (AcicLabs), Instituto Federal do Paraná (IFPR), Itaipu e Parquetec.
