Agência Sebrae de Notícias

Trocar as lentes e transformar o olhar. Essa foi uma das principais mensagens repassadas durante o Workshop Olhares e Lentes, realizado nesta quarta-feira (30), em Cascavel. O evento faz parte do Polo de Liderança Sebrae e teve como foco capacitar líderes públicos, empresariais ou de entidades e instituições.

Para isso, o Workshop abordou temas como tendências de futuro, ESG (sigla em inglês que significa ambiente, social e governança) e inteligência artificial. Além disso, também houve a apresentação de casos de sucesso locais, como o da Prefeitura de Cascavel, do ecossistema de inovação Iguassu Valley e da faculdade Multiversa.

“Esse workshop traz um formato diferente, com enfoque especial na fotografia. É uma programação voltada ao conhecimento, onde aportamos casos concretos da região e, também, oportunizamos contato com diversos palestrantes e facilitadores que, de alguma forma, vivem a liderança e podem nos ensinar sobre o tema”, explicou o gerente da Regional Oeste do Sebrae/PR, Augusto Stein.

Temáticas 

O Workshop, conduzido pelo escritor e fundador da Escola da Criatividade, Jean Sigel, contou com insights e desafios compartilhados pela neurocientista e palestrante Carla Tieppo. A primeira palestra foi sobre ESG, com a especialista Renata Sbardelini, da Suindara Radar e Rede. Ela começou explicando as aplicações da sigla.

“Levar em conta o meio ambiente, os temas sociais e as práticas de governança não é mais uma escolha; é uma realidade. Antes, as empresas estavam voltadas apenas ao crescimento e ao lucro, e hoje deve-se pensar no impacto das nossas ações no curto e no longo prazo. Ou a gente adota agora uma estratégia ESG nos negócios, ou, em breve, ficaremos fora do mercado”, provocou Renata.

A palestrante também aproveitou para desmistificar a ideia de que ESG é coisa de grandes empresas, explicando que o tema deve estar no radar dos empreendimentos, independente do porte.

“Estamos aqui, no interior do Paraná, falando sobre ESG. É essa a prova de que o tema não pertence apenas a grandes centros ou grandes empresas. É uma questão de competitividade. ESG não é moda, é uma necessidade”, concluiu.

Depois de Renata, os participantes ouviram alguns relatos do prefeito de Cascavel, Leonaldo Paranhos. Ele contou um pouco sobre a vivência na política e repassou alguns dos resultados alcançados em Cascavel, como o projeto dos territórios cidadãos, o Programa Avançar Cidades e a aquisição de ônibus elétricos para compor a frota do transporte público coletivo da cidade.

“É uma oportunidade ímpar vir até aqui e falar sobre nossos resultados. O prefeito é um dos líderes de uma cidade e são muitos desafios pelo caminho. Mas, desde o começo do meu mandato, eu busquei parcerias e, principalmente, fui ouvir as demandas da população. Isso tem muita ligação com os resultados obtidos e estar no Workshop para compartilhar as nossas vivências é muito valioso”, comentou.

Depois, foi a vez do autor, palestrante e estrategista de marketing, Rohit Bhargava, conversar com os participantes. Ele é fundador da non-obvious experiences, nos Estados Unidos, e gravou um vídeo especialmente para o workshop. Um dos destaques foi o compartilhamento de algumas das principais tendências para os próximos anos. Na sequência, o diretor e fundador da faculdade Multiversa, Ryon Braga, falou sobre o caso de sucesso da instituição de ensino. Formatada com uma base metodológica diferenciada na educação, a instituição forma alunos com base na resolução de problemas e na criação de projetos que resolvam problemas reais do mercado.

“O processo de educação permeia todo o movimento de desenvolvimento social e ainda falta as pessoas se abrirem para possibilidades diferentes, principalmente no processo de aprendizagem. Me formei em Medicina há mais de 30 anos, quando a única fonte de conhecimento eram os professores e os livros. Hoje, é diferente e não dá para pensar que vamos educar como antes. Não tem mais como fazer educação do jeito que se fazia e precisamos olhar diferente para as novas formas de adquirir conhecimento”, incentivou.

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Na sequência, o especialista em inovação Allan Costa falou sobre inteligência artificial, dando dicas de uso das novas ferramentas. Depois, foi a vez do coordenador do ecossistema regional de inovação Iguassu Valley, Jadson Siqueira, que abordou a importância da inovação e relatou alguns casos vivenciados por ele em seus negócios.

“Estamos vivenciando um momento da história onde já conseguimos fazer o que há um ano ainda era difícil ou impossível. A evolução está sendo muito rápida e passou da hora de surfar na onda das ferramentas inovadoras. É tanto medo em meio a esse tema que tendemos a vislumbrar mais o perigo do que a oportunidade; e enquanto líderes, precisamos enxergar as duas faces da moeda”, aconselhou.

Conhecimentos compartilhados

O vice-prefeito de Guaíra, Gileade Osti, foi um dos participantes. Ele garante que o Workshop foi produtivo e que retorna à cidade com ideias que reúnem os conhecimentos adquiridos no evento.

“É muito importante pensarmos na liderança. Hoje, falamos de inteligência artificial, ESG e, principalmente, a questão humana nos processos. São assuntos interligados com o nosso dia a dia e precisamos desses momentos para refletir, entender, tirar dúvidas e passar a utilizar no presente”, indicou.

O secretário de desenvolvimento econômico de Candói, Jonilson Antônio Araújo, também aprovou a metodologia. Segundo ele, o evento foi um momento de reflexão e projeção.

“Vim com a ideia de levar mais conhecimento para a minha cidade, mas saio daqui com a ideia de desenvolver mais o meu trabalho. Aqui, um dos maiores insights que tive foi sobre a importância de fazer acontecer. Precisamos ter menos medo e mais conhecimento para inovar”, compartilhou.

De Toledo, a empresária Fabiana Zielasko, conta que o objetivo era ter uma visão ampliada sobre a liderança, mas o workshop entregou mais.

“Todos os assuntos foram muito relevantes, mas olhar para inteligência artificial é algo que é o futuro e, quem fica de fora, acaba se atrasando e pode ser atropelado pelas novidades. Por isso, é importante irmos em busca de mais conhecimento, sem deixar de considerar o fator humano e ter um olhar sistêmico em relação a sociedade”, compartilha.

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