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Três projetos educacionais do norte do Paraná são classificados para a final de prêmio nacional

Professores finalistas de Londrina, Cornélio Procópio e Assaí concorrem ao Prêmio Educador Transformador, que reconhece práticas inovadoras
Por ASN Paraná
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O norte do Paraná tem três representantes na final do Prêmio Educador Transformador, que reconhece e promove práticas educacionais transformadoras em nível nacional. São projetos idealizados em escolas e centros de formação técnica de Londrina, Cornélio Procópio e Assaí. Em todo o País, foram selecionados 70 finalistas – sendo cinco do Paraná – em sete categorias: Educação Infantil, Ensino Fundamental (Anos Iniciais), Ensino Fundamental (Anos Finais), Ensino Médio Regular, Educador Profissional, Educação de Jovens e Adultos (EJA) e Educação Superior. A premiação será realizada no dia 10 de maio, em São Paulo.

O Prêmio Educador Transformador é fruto da união do Prêmio Professor Transformador, da Bett Brasil e Instituto Significare, e do Prêmio Sebrae de Educação Empreendedora. O objetivo é reconhecer projetos inovadores, que mobilizam estudantes em situações do dia a dia, a fim de descobrir problemas e oportunidades, transformar ideias e desenvolver respostas para problemas do cotidiano.

“Para nós, é motivo de grande orgulho ter histórias do norte do Paraná como finalistas do prêmio. Nós acompanhamos o dia a dia dessas professoras, que são parceiras há bastante tempo do Sebrae e as parabenizamos pela dedicação e excelente trabalho com os alunos”, afirma a consultora do Sebrae/PR, Alesandra de Almeida.

Finalista na categoria Educação Profissional, com o projeto “Feira do Empreendedorismo e Marketing”, a professora Maria Aldinete de Almeida Reinaldi, do Colégio Estadual Castro Alves, de Cornélio Procópio, ficou surpresa por estar entre as finalistas. Ela conta que a feira é um projeto pedagógico interdisciplinar do curso técnico de Administração, que tem o objetivo de estimular o espírito empreendedor e implantar uma nova consciência de trabalho na escola, conduzindo alunos e professores a uma atuação protagonista.

“Trabalhamos todas as etapas, dentro da escola, com o desenvolvimento de planos de negócios, análise de viabilidade, produção, divulgação, comercialização dos produtos e apuração dos resultados. Desta forma, os alunos unem a teoria com a prática e isso os aproxima do mercado de trabalho e da formação profissional”, explica.

A feira, que iniciou dentro da escola, vai para a quinta edição em 2023 e é realizada no centro da cidade, com a participação de cerca de 120 alunos e envolvimento da comunidade local.

Projeto da Praça CEEP está em execução e deve ser entregue até o fim deste ano. Foto: Divulgação.

Na mesma categoria, concorre o projeto “Praça CEEP”, conduzido pela professora do curso de Edificações do Centro Estadual de Educação Profissional Prof. Maria Lydia Cescato Bomtempo, de Assaí, Maria Carolina Alves Luz. Iniciado em 2021, com um concurso de urbanismo para pensar soluções para um terreno abandonado em frente à instituição, o trabalho ganhou uma segunda etapa a partir do apoio recebido pela prefeitura municipal, que viabilizou recursos para a execução do projeto vencedor: a proposta de construção de uma praça no local.

“Iniciamos a execução das obras no ano passado e a meta é entregá-la até o final deste ano. Já fizemos a entrada com paver e iluminamos uma parte da praça, que será utilizada por todos os alunos do CEEP [cerca de 800 da manhã e da noite]. Atendemos nove cidades da região e os estudantes precisam aguardar por transporte, muitos ficam no contraturno, então, será um espaço para períodos de descanso e aulas”, conta a professora.

A iniciativa de demandar um projeto para o terreno, antes abandonado e coberto por mato, foi uma necessidade da escola. Além da insegurança, a área, que fica em um fundo de vale, apresentava problemas de drenagem urbana e fica próxima a outras instituições, como a Apae e uma escola municipal, que também poderão usufruir do espaço, revitalizado por cerca de cem estudantes.

“Quando fomos selecionados, tive a comprovação de que estamos no caminho certo. É a validação da importância e impacto positivo que o nosso trabalho pode gerar. Já nos consideramos vencedores por estarmos na final”, comemora Maria Carolina.

Alunas do oitavo ano do Colégio Marcelino Champagnat criaram um sinaleiro para ajudar deficientes visuais no trânsito. Foto: Divulgação.

Com o projeto “A resiliência na busca por cidades mais sustentáveis”, inscrito na categoria Ensino Fundamental – Anos Finais, a professora do Colégio Estadual Marcelino Champagnat, Sarita Maria Pieroli, representará Londrina no prêmio nacional. A educadora explica que trabalha o empreendedorismo social e incentivou um grupo de cinco estudantes do oitavo ano a pensarem em soluções para problemas da comunidade.

“Saímos pelo bairro e elas observaram um deficiente visual com dificuldades para atravessar a rua. Decidiram projetar um sinaleiro, movido a energia solar, que emite um sinal para o cego atravessar com segurança”, descreve.

O protótipo ficou com o primeiro lugar no MakerThon Cultural, promovido pelo Cultural de Londrina em parceria com a Embaixada dos Estados Unidos, no ano passado. Agora, as alunas trabalham na programação do sinaleiro e, para isso, realizam o curso de robótica, do Senai.

“O Sebrae é nosso braço direito para trabalhar o empreendedorismo e o Senai também abriu portas para desenvolvermos esse projeto no contraturno. Ficamos muito felizes de estarmos entre os finalistas”, completa.

Outras duas educadoras paranaenses também estão na final, uma de Maringá, na categoria Educação Infantil, com o projeto “As mãos que falam”, de Paula Edilena de Souza Franke; e uma de Pato Branco, na categoria de Educação Superior, de Luciana de Freitas Bica, com o projeto “MedLibras: Atendimento médico ambulatorial realizado em Libras”.

Os 70 finalistas do prêmio ganharam um pacote completo de participação no Congresso Bett Brasil 2023 – o maior evento de educação e tecnologia na América Latina – incluindo ingresso para quatro dias, passagem aérea, hospedagem, alimentação e traslados, além de certificados. O prêmio vai reconhecer os sete projetos vencedores com troféu e certificado personalizado, além de missão técnica nacional e bolsa integral no curso de MBA em Educação Empreendedora para o vencedor de cada categoria, e mais cinco bolsas integrais para as instituições de cada um dos vencedores.

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