Foz do Iguaçu tem se destacado em ações que aliam o setor turístico a práticas inovadoras. O Sebrae/PR é parceiro de iniciativas importantes que valorizam o pequeno empreendedor, responsável por contribuir com o desenvolvimento econômico regional.
O Paraná vive um momento de expansão do turismo, e Foz do Iguaçu se destaca como escolha de destino. Até setembro de 2025 foram 3.307.817 visitantes nos pontos turísticos da cidade, conforme divulgado pelo governo do estado do Paraná.
O que chama a atenção é que recentemente foi confirmada, após pesquisa realizada pelo Fundo Iguaçu, 5 milhões de turistas por ano em Foz do Iguaçu, já que 35% dos visitantes não chegam a entrar no Parque Nacional, porém escolhem outras formas de conhecer ou aproveitar atrativos, como rede hoteleira e vivência local.
E é aí, que entra um nicho especial: o de experiência e identidade.
As Jornadas de Desenvolvimento de Produtos Turísticos de Experiência e de Souvenires Inovadores surgem com o foco de apoiar empreendedores na criação de experiências e produtos originais que contam histórias inspiradoras, despertam emoções e, principalmente, valorizam o que a região da Tríplice Fronteira tem a oferecer.

Os participantes formam um grupo de mais de 20 empreendedores que passaram por etapas de preparação, mentorias, encontros, ferramentas de atendimento e identificação de identidade.
O fechamento de todo esse processo será celebrado no dia 25 de outubro, no Mercado Público Barrageiro, com um Festival Gastronômico e uma Exposição de Souvenires Inovadores, momentos que apresentam ao público os resultados do trabalho dos participantes.
Jornada
Criada para apoiar empreendedores do turismo na construção de vivências autênticas e conectadas à identidade local, a Jornada de Desenvolvimento de Produtos Turísticos de Experiência ajuda empresas a transformar serviços em experiências únicas.
O objetivo é fortalecer o turismo de experiência no Paraná, gerando identificação e competitividade para os pequenos negócios.
A consultora do Sebrae/PR, Maísa Silvestre, explica que a jornada busca transformar a maneira como os empreendedores enxergam o turismo.
“A ideia é vender não apenas um serviço, mas uma vivência. No caso de Foz, trabalhamos com a gastronomia porque ela é uma das principais experiências buscadas por quem visita a cidade. Queremos que os visitantes possam saborear o território e sentir o que há de mais genuíno na nossa cultura”, analisa.

O processo também incentiva os empreendedores a agregarem valor aos seus serviços e produtos.
Juliana Nasser, artista plástica em Foz do Iguaçu, conta que foi a oportunidade para ampliar seus conhecimentos e criar conexões com outros empreendedores da cidade.
“Quando fui inserida na jornada, valorizei essa oportunidade. Acredito ser de extrema importância para o meu trabalho, que é uma experiência que envolve arte, criatividade e também o conhecimento e o envolvimento dos participantes nos detalhes, no cheiro, na experiência sensorial que nós temos na nossa cidade, envolta de natureza”, descreve Juliana.

Souvenires inovadores
Voltada para empreendedores e artesãos, a Jornada de Souvenires Inovadores propõe uma nova forma de olhar para os souvenires: como expressões culturais e criativas da região, capazes de fortalecer a economia local e gerar identidade para os territórios.
A ceramista Dirceia Braga, que trabalha com artesanato há 24 anos, compartilha que a jornada possibilitou um olhar mais atento ao entorno e ao papel que seu trabalho desempenha na representação do lugar onde vive.
“Minhas peças podem difundir Foz do Iguaçu e seus atrativos junto aos turistas, fortalecendo essa área tão importante, que é o turismo, através do souvenir com identidade cultural. Entendi que as peças em cerâmica (souvenires) que desenvolvo representam esse olhar ao entorno, por meio da fauna local”, agrega Dirceia.

A jornada surgiu da necessidade de resgatar o valor simbólico e afetivo dos souvenires que representam a região de fronteira.
Durante o processo, os participantes passaram por capacitações sobre empreendedorismo, precificação, fotografia, canais de venda e atendimento ao cliente, além de mentorias e rodadas de crédito.
“O souvenir não precisa ser apenas um artesanato tradicional. Ele pode ser uma geleia feita com frutas nativas, um kit de erva-mate local ou qualquer produto que traga a essência do nosso território. O importante é que ele tenha identidade, gere valor e oportunidade para quem produz”, destaca a consultora Maísa Silvestre.

O encerramento das jornadas, com o Festival Gastronômico e Exposição de Souvenires Inovadores, acontece no dia 25 de outubro, no Mercado Público Barrageiro, em Foz do Iguaçu.
-
-