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Confiança dos empresários paranaenses cresce neste 2º semestre

Turismo lidera otimismo, com expectativa positiva de 40,5% dos empresários, conforme aponta a pesquisa da Fecomércio PR e Sebrae/PR
Por Redação
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Os comerciantes paranaenses demonstram mais confiança para o segundo semestre de 2025. É o que mostra a nova edição da Pesquisa de Opinião do Empresário do Comércio, realizada pela Fecomércio PR em parceria com o Sebrae/PR. O levantamento revela um leve avanço no otimismo: 33,5% dos entrevistados acreditam em aumento no faturamento, ante 31,2% registrados no início do ano.

Crédito: divulgação.

Apesar de estar abaixo dos 37,2% apurados no mesmo período de 2024, os dados indicam uma expectativa mais favorável em relação ao desempenho dos negócios nos próximos meses. Para outros 29,7% dos empresários, a tendência é de estabilidade, enquanto 21% ainda não possuem uma opinião definida e 15,8% demonstram preocupação com o cenário econômico.

Setores

Entre os setores, o turismo lidera o otimismo, com 40,5% dos empresários confiantes em uma boa temporada, impulsionada pelas viagens de férias e pelo verão. O setor de serviços aparece na sequência, com 35,2% de otimismo, seguido pelo varejo, com 30%.

Segundo o coordenador de Desenvolvimento Empresarial da Fecomércio PR, Rodrigo Schmidt, com a chegada do segundo semestre, os empresários do comércio paranaense demonstram disposição para avançar com mais confiança e foco em melhorias estruturais. A preferência por investir na qualificação dos negócios, mesmo diante de um cenário desafiador, revela uma visão estratégica e resiliente do setor.

“Seguindo o crescimento expressivo do segmento no Paraná, os empresários do turismo são os mais confiantes com os seus negócios neste segundo semestre. Com uma postura mais conservadora, os empresários paranaenses preferem, no momento, investir no aperfeiçoamento e modernização das instalações físicas de seus empreendimentos, do que aplicar em inovação de produtos, abertura de novas lojas ou atuar em outros setores do mercado. Este direcionamento está ligado entre outros fatores a uma percepção de instabilidade política e econômica, além de uma carga tributária inibitória”, avalia.

Porte empresarial

As empresas de pequeno porte são as mais confiantes, com 42,6% de expectativas positivas, seguidas pelas microempresas (32,9%). Empresas de médio e grande porte (31,7%) e microempreendedores individuais (31,3%) mantêm níveis semelhantes de otimismo.

Otimismo por região

Maringá apresenta o maior percentual de empresários otimistas, com 37,7%, seguida por Londrina (36,4%) e pela região Oeste (36,1%), que no início do ano era a menos confiante. Ponta Grossa (32,2%) e Curitiba e Região Metropolitana (32%) também mostram expectativas favoráveis. O Sudoeste apresenta o menor índice de otimismo, com 21,1%.

Investimentos

A pesquisa também indica que 31,7% das empresas pretendem investir neste semestre, enquanto 40,5% não têm planos de investimento e 27,8% ainda não definiram sua estratégia. As principais áreas a serem beneficiadas incluem reforma e modernização das instalações (37,4%), aquisição de máquinas e equipamentos (27,4%), ações de marketing (24,7%) e capacitação de equipes (21,6%). A intenção de ampliar estoques teve a maior alta, ao subir 8 pontos percentuais em relação ao primeiro semestre, chegando a 10,5% das citações.

Em relação ao quadro funcional, 70% das empresas pretendem manter ou ampliar a equipe, sendo que 21,2% planejam contratar novos colaboradores ainda em 2025.

A expectativa geral dos empreendedores, aliada aos desafios apontados pela pesquisa, como a manutenção e ampliação do quadro de funcionários, além da escassez de mão de obra qualificada, revela a necessidade de atenção à preparação e à formação empreendedora e profissional, analisa o gerente de Competitividade Setorial do Sebrae/PR, Weliton Perdomo.

“O momento exige mais do que otimismo, exige preparo. É necessário pensar e construir um planejamento baseado em dados, não em intuição, com foco na melhoria da gestão de fluxo de caixa e de compras”, afirma.

Além de modernizações e da aquisição de novas máquinas e equipamentos, Weliton destaca a intenção de investimento em marketing (24,7%), o que reforça que os empresários estão atentos à importância de se reposicionar no mercado e melhorar a experiência do cliente.

“E o papel do Sebrae é justamente ser esse parceiro técnico na tomada de decisões estratégicas. Estamos ao lado de quem empreende, com soluções em transformação digital, inteligência de mercado e gestão de vendas, para que os pequenos negócios alcancem resultados consistentes mesmo em um ambiente de incertezas”, completa.

Desafios

A principal preocupação do empresariado continua sendo a instabilidade política, que cresceu ainda mais neste semestre, ao ser apontada por 42,2% dos empresários ouvidos pela pesquisa. No primeiro semestre, as oscilações no cenário político também figuravam no topo das dificuldades listadas pelos comerciantes, com 37,5%.

Outros pontos de insatisfação são a carga tributária elevada (32,7%) e a instabilidade econômica (32,2%).

Com 30,6%, a falta de mão de obra qualificada é outro desafio para as empresas, e pode representar um gargalo para o crescimento. Já o acesso ao crédito, embora citado por apenas 11,7%, apresentou aumento de 4,6 pontos percentuais na comparação com o semestre anterior.

O infográfico completo para download está disponível em: https://sebraepr.com.br/impulsiona/pesquisa-de-opiniao-do-empresario-do-comercio-paranaense-2-semestre/

* Com assessoria de imprensa da Fecomércio PR

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