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Crédito e inovação aberta são temas do segundo dia do Summit Iguassu Valley

Painel sobre programas de crédito específicos para a inovação reuniu diversos empreendedores no estande do Sebrae/PR
Por ASN Paraná
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Nesta quinta-feira (15), um dos temas da programação do Summit Iguassu Valley foi o acesso ao crédito e às grandes empresas, conhecidas no ecossistema como empresas âncoras. Um painel sobre acesso a linhas de crédito para inovação foi realizado e reuniu 22 participantes no estande do Sebrae/PR.

A discussão foi mediada pela assessora e consultora em projetos de inovação e captação de recursos, Eline Casasola, e contou com a participação do responsável por novos projetos e negócios na região oeste do Paraná e Mato Grosso do Sul do BRDE, Paulo Marques Ferreira; do analista de desenvolvimento da Fomento Paraná, Bernardo Trinchero; e do assessor de negócios da Cresol, Anderson Pittol.

Eline iniciou orientando os empreendedores a pensarem bem nos projetos antes de buscar por financiamentos, pois, muitas vezes, as melhores oportunidades são aquelas que não estão explícitas.

“Várias vezes recebi empreendedores pedindo auxílio para solicitar o financiamento para a compra de um maquinário. Mas, analisando bem, percebemos que o maior fator de inovação não era o equipamento em si e, sim, a melhoria de um processo interno da empresa, que era ainda mais inovador. Buscar projetos com foco nos processos, a solução seria mais efetiva”, relatou.

Um dos exemplos apresentados foi o Programa Crédito Inovação Finep-Sebrae, disponibilizado pelo Sebrae e pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), onde são disponibilizados R$ 1 bilhão da Finep para o financiamento das empresas. O Sebrae oferece consultoria gratuita para facilitar o processo de acesso às linhas de crédito, que têm taxas de juros mais baixas e prazos de pagamento mais longos que as disponíveis no mercado.

Para acessar o crédito, é necessário ser dono de micro ou pequena empresa com receita de até R$ 4,8 milhões por ano, elaborar um projeto inovador e submeter à análise da instituição financeira. O financiamento será operado por uma rede de três agentes financeiros parceiros, que atuam em todas as regiões do Paraná: cooperativa de crédito Cresol, Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) e Fomento Paraná.

“Uma das maiores vantagens do financiamento é, além do dinheiro, a segurança de que o projeto vai iniciar e chegar à etapa final com estabilidade, sem precisar envolver o caixa pessoal dos empreendedores. Esse é um importante incentivo para os negócios inovadores, porque sabemos que muitos nascem sem grandes recursos”, observou Paulo Marques Ferreira, do BRDE.

O analista de desenvolvimento do Fomenta Paraná, Bernardo Trinchero, acrescentou, também, que os negócios que podem receber investimentos não precisam ser apenas tecnológicos ou criar algo do zero – o importante é ter inovação no projeto.

“Logicamente, precisa fazer algo diferente, mas não precisa ser uma inovação tecnológica: pode ser uma inovação em produto, processo, gestão… O mais importante, principalmente nesta linha Finep-Sebrae, é o resultado inovador que poderá ser gerado”, explicou.

Acesso às grandes âncoras

Pensando além dos investimentos, quando uma startup desenvolve sua solução, um dos grandes desafios é chegar até as grandes empresas (chamadas nos ecossistemas de empresas âncoras) para prospectar negócios. Para ajudar nessa tarefa, as empreendedoras e consultoras Elaine Peinado e Patricia Cantieri ministraram uma palestra com o tema “inovação aberta: negócios com grandes empresas e link Iguassu Valley”.

“É muito bom vender quando o cliente quer a nossa solução, mas e quando ele não conhece ou precisamos passar por várias pessoas até chegar a quem realmente toma a decisão? É nesse momento que percebemos como é importante conhecer quem sabe os caminhos e as conexões do Iguassu Valley podem abrir caminhos”, aconselhou Elaine.

Sobre as dificuldades de comunicação nos primeiros pitches (apresentações dinâmicas de startups e suas soluções), ela deixou outro conselho.

“A dica é comunicar com a dor do cliente, ou seja, apresentar diretamente as soluções que você e seu negócio podem oferecer para a empresa. É esse o diferencial que pode chamar a atenção”, concluiu.

Summit Iguassu Valley

O evento, organizado pelo ecossistema de inovação Iguassu Valley, contou com programação diversificada com palestras, oficinas, workshops e painéis sobre temas que fazem parte do cotidiano do empreendedorismo inovador. As atividades foram realizadas no Grand Carimã Resort & Convention Center, em Foz do Iguaçu, e seguem até o final desta quinta-feira (15).

Segundo estimativa do Smart Counter (contador automático de pessoas desenvolvido por acadêmicos da Unioeste), nos dois dias, mais de 1,4 mil pessoas circularam no evento.

Foram mais de 70 especialistas compartilhando conhecimento; 22 startups expositoras; 68 projetos universitários apresentados; mais de 40 expositores e participantes de caravanas de diversas cidades como Santa Helena, Medianeira, Maringá, Toledo, Curitiba, Cascavel e Guarapuava.

“Esta primeira edição superou as expectativas. Vimos um público engajado, interessado em novidades e já estamos pensando no próximo. O ecossistema Iguassu Valley está se fortalecendo e um evento dessa envergadura nos ajuda a fomentar mais a inovação na região Oeste”, finaliza o consultor do Sebrae/PR, Alan Debus.

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