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Nos últimos anos, é impossível se prever qualquer estratégia de negócios ou mesmo buscar investimentos sem adotar um plano efetivo de ações sociais, ambientais e de governança (ESG, da sigla em inglês). Independentemente do tamanho da empresa, seja na iniciativa privada, poder público ou terceiro setor.
Dentro desse compromisso de fomentar a inovação como aceleradora do processo de melhoria da qualidade de vida, foi lançado o Relatório ESG Curitiba, parceria entre o Instituto Municipal de Administração Pública (IMAP), da Prefeitura de Curitiba, e o Sebrae/PR, por meio de um acordo de cooperação. O Relatório pode ser acessado neste link.
O Relatório apresenta um conjunto de programas, projetos e produtos sustentados por três eixos estratégicos: solidariedade, sustentabilidade e responsabilidade. A iniciativa reafirma a busca pelo desenvolvimento sustentável, em sintonia com a Agenda 2030 e com os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), defendidos pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Bernardo Zanini Fadel, diretor de Desenvolvimento Institucional do IMAP, afirma que a cidade de Curitiba alcançou um marco significativo na promoção de práticas sustentáveis com a conclusão do Relatório ESG.
“A elaboração do Relatório surgiu do compromisso da administração municipal com a sustentabilidade e a boa governança. O objetivo foi consolidar os programas do plano de governo nos três eixos fundamentais do ESG, contemplando ainda políticas focadas na preservação dos recursos naturais, combate às mudanças climáticas e incentivo à mobilidade urbana sustentável. Isso demonstra uma administração pública responsável, transparente e ética, fortalecendo a confiança e a participação da sociedade”, explica.
Transformação pelo empreendedorismo
Vitor Roberto Tioqueta, diretor-superintendente do Sebrae/PR, ressalta que o empreendedorismo é movido por um propósito de transformação que deve abranger a sustentabilidade dos negócios.
“Quem empreende sabe que adquirir recursos, transformá-los e oferecê-los como produtos ou serviços é essencial para gerar lucro e garantir a sobrevivência de um negócio. Mas, hoje, o ideal é ter nesta jornada também práticas ambientais, sociais e administrativas que afetam o mundo e as pessoas. Neste cenário, as micro e as pequenas empresas também têm a capacidade de causar um impacto determinante em suas comunidades e no meio ambiente, adotando ações sustentáveis”, afirma.
Dessa forma, o Relatório ESG Curitiba não é apenas um documento informativo, mas uma base para o desenvolvimento de ações futuras. “Ele reafirma o compromisso da cidade com um futuro mais equilibrado, resiliente e sustentável. A iniciativa demonstra como o setor público é essencial para construir uma cidade mais justa e com boas práticas de governança”, ressalta Fadel.
50 anos de sustentabilidade
Há exatos 50 anos, em 1974, começaram a circular pelas ruas de Curitiba os primeiros ônibus no modelo BRT (Bus Rapid Transport). Os expressos, que ocupam vias exclusivas na cidade, logo se tornaram uma referência em mobilidade urbana, no Brasil e no exterior. Diversas cidades adotaram o modelo do BRT para lidar com a necessidade de melhorar a locomoção dos cidadãos.
Era o início de uma das principais marcas de Curitiba: criar projetos de vanguarda na gestão urbana. Ao longo da sua história, a capital do Paraná se moldou e foi moldada por um urbanismo inovador. Na mobilidade, mas também em outros aspectos da gestão municipal, como a sustentabilidade, a proteção social, o uso do espaço público e o fomento à economia criativa.
Atualmente, segundo dados do Relatório, a taxa de urbanização é de 96% do território do Município, e mesmo nas áreas mais centrais, a cidade mantém índices relevantes de bem-estar ambiental. A coleta de lixo universalizada e quase 80% das casas e edifícios localizados em ruas arborizadas são apenas alguns exemplos, assim como a totalidade da população abastecida com água tratada e coleta de esgoto.
