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Startups criadas a partir de pesquisas científicas se reúnem no Deep Tech Summit 2023

Diversas empresas que passaram pelo Programa ICT Catalisa, do Sebrae, estarão presentes no evento que ocorre nos dias 8 e 9 de novembro, em São Paulo
Por ASN Nacional
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Melhorar o diagnóstico do câncer de mama com uma solução não invasiva, de baixo custo e rápida para a detecção precoce da doença. Esse é o objetivo da Hyla, uma deep tech – empresa inovadora baseada em investigação científica – de Curitiba (PR). O projeto é baseado em um biossensor que pretende detectar tumores na mama a partir da coleta de sangue. A startup é uma das diversas empresas que estarão Deep Tech Summit 2023. O evento reúne investidores, empreendedores, representantes da indústria, cientistas, pesquisadores e universidades para promover conexões, discussões e impulsionar o desenvolvimento do mercado.

“Buscamos fomento para continuar o desenvolvimento do projeto. Atualmente, estamos na etapa de validação analítica, em que temos que atingir valores estatísticos razoáveis de sensibilidade e especificidade do produto para submissão do dossiê e consequente aprovação do produto pela ANVISA”, explica a fundadora da Hyla, Maria Luiza Santos. “Os estudos finais estão previstos para ocorrerem em 2024, e prevemos a aprovação do produto no primeiro semestre de 2025, iniciando, assim, as primeiras vendas para os laboratórios de diagnósticos no segundo semestre do mesmo ano”, completou.

Atualmente, a mamografia é a ferramenta de rastreamento dos tumores mais amplamente utilizada. No entanto, a mamografia tem limitações, incluindo o alto custo, e a necessidade de equipamentos e pessoal especializados para um procedimento que é invasivo. “Quando iniciamos nosso projeto de desenvolvimento de um kit de diagnóstico sanguíneo utilizando um biossensor, nos questionamos como faríamos para que, no futuro, nossa solução fosse utilizada por pessoas que realmente precisam”, lembra Maria Luiza Santos.

Catalisa ICT

deep tech Hyla passou pela jornada Catalisa ICT, do Sebrae – iniciativa que promove a aproximação entre a Academia e o mercado por meio de capacitação em gestão, mentorias, fomento a projetos e acesso ao universo empresarial para os pesquisadores. “Foi uma das melhores capacitações que já realizei na área de negócios voltado para biotecnologia”, diz a pesquisadora.

“O apoio do Sebrae foi de longe essencial, não só para a mudança de mindset, com as capacitações de pesquisadores acadêmicos para a virada em cientistas empreendedores, mas também com recurso financeiro, pois os projetos normalmente ainda estão em estágios muito iniciais, o que dificulta a aprovação de recursos pelo fato do risco ser maior”, reforça Maria Luiza.

Desde 2020, o Sebrae já investiu R$ 40 milhões em bolsas, auxílios, eventos e projetos de inovação junto à na Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) e internacionalização. Mais de 3 mil pesquisadores brasileiros foram atendidos por meio da ação. “As universidades brasileiras produzem uma quantidade expressiva de conhecimentos que precisam ser aplicados para gerar inovações. Nosso objetivo é trazer essas pesquisas para o mercado e contribuir para a sociedade”, aponta a analista de inovação do Sebrae Lara Franco.

Além disso, o Sebrae construiu um catálogo com mais de 170 empresas que têm soluções inovadoras e que estão aptas a receber investimentos.

  • 1 mil pesquisas selecionadas
  • 2,8 mil pesquisadores capacitados em empreendedorismo
  • 42% das pesquisas selecionadas são feitas por mulheres
  • 270 planos de inovação fomentados (bolsas e auxílio)
  • 1.049 bolsas do Sebrae pesquisador empreendedor
  • 1.250 pesquisadores capacitados em modelo de negócio
  • R$ 40 milhões investidos desde 2020
  • DeepTech Summit 2023

O evento ocorre nos dias 8 e 9 de novembro, no STATE Innovation Center, em São Paulo (SP). O encontro terá com um espaço para exposições – 20 deles são do Catalisa ICT – e contará com mais de 90 palestrantes, como a coordenadora de negócios tecnológicos do Sebrae, Hulda Giesbrecht.

Inscreva-se aqui.

O que são Deep techs?

São startups baseadas em investigação científica apoiada por patentes, que atuam com inovação complexa, lidando com problemas como o tratamento de doenças, mobilidades, aquecimento global e desenvolvimento industrial. É uma área que enfrenta uma intensa pressão para provar que sua ciência pode resultar em enormes receitas tão rapidamente quanto as empresas do setor de tecnologia geral; é um dos setores mais promissores dos próximos anos e costuma receber investimentos privados impressionantes.

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