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Encontrar soluções que contribuam com o dia a dia do varejo, transformando ideias em iniciativas inovadoras. Esse foi o objetivo do Hackathon Inova Comércio, que aconteceu na última sexta e sábado (20 e 21), em Pato Branco, no sudoeste do Paraná, e reuniu mais de 30 participantes. O evento foi uma realização do Sebrae/PR, da Fecomércio PR, do Senac e com apoio do Sindicato Patronal do Comércio Varejista de Pato Branco (Sindicomércio).
Organizados em grupos, os participantes apostaram na geração de ideias e na diversidade de alternativas. Durante o Hackathon, eles foram apresentados aos desafios temáticos e mergulharam na resolução dos problemas em uma maratona de aproximadamente 24 horas, que provocou a criatividade, a inovação e a busca por soluções práticas e viáveis.
“O Hackathon é uma oportunidade que provoca nos participantes o desenvolvimento de habilidades, como a organização e o trabalho em equipe, com o intuito de encontrar uma solução para problemas, nesse caso, do varejo. Uma oportunidade de se desafiar, bem como de contribuir com empresas locais através de soluções criativas e que podem, lá na frente, virar uma startup e de fato um negócio”, afirma o gerente da Regional Sul do Sebrae/PR, Cesar Giovani Colini.
Entre os problemas apresentados, estavam a falta de controle formalizado dos produtos e de controle estratégico e de metas, bem como o não monitoramento das necessidades dos clientes. Todas essas “dores”, foram apontadas por empresas do varejo do município de Pato Branco, durante pesquisa realizada pelas entidades organizadoras.
Rodrigo Schmidt, coordenador de Desenvolvimento Empresarial da Fecomércio PR, conta que a ideia do programa Inova Comércio surgiu a partir da necessidade de o comércio acompanhar movimentos voltados para a inovação, sendo preciso levar para os negócios mais tradicionais soluções que atendam as suas demandas e ao mesmo tempo colaborar com a formação de alunos do próprio Senac.
“As grandes redes até pelas suas estruturas já consolidadas, estão mais preparadas para enfrentar os problemas e se adaptar as mudanças do mercado. Porém, é importante para o varejo mais tradicional implementar ideias que promovam a diferença no seu dia a dia e estejam adequadas as suas realidades. O programa Inova Comércio visa essa possibilidade de apresentarmos projetos que possam mais tarde serem incorporados pelo nosso varejo”, pontua Rodrigo. Ele lembra, ainda, que o mesmo evento acontecerá em oito cidades do Paraná.
Para encarar o desafio, os participantes receberam suporte de mentores de diversas áreas, que compartilharam vivências, problemas, ferramentas e habilidades na resolução dos desafios. As equipes, divididas entre três a cinco integrantes, participaram da competição que foi idealizada em seis momentos.
O primeiro com a compreensão do problema. O segundo, a partir da ideação. Em seguida veio o processo de validação e a prototipação. O quinto momento foi o da apresentação para a banca avaliadora e, por último, o desenvolvimento da proposta.
Avaliação
Todas as ideias e produtos foram submetidos a uma banca avaliadora, que os validou a partir de alguns pontos como: apresentação do problema, explicação da solução, criatividade, importância comercial, desenvoltura na apresentação e alinhamento com o tema.
Ganhadores
Além do reconhecimento, as equipes vencedoras receberam premiações em dinheiro. O primeiro lugar, recebeu R$ 2.500,00, o segundo, R$ 1.500,00 e o terceiro ficou com R$ 1.000,00.
Líder da equipe vencedora do Hackathon do Programa Inova Comércio, a Inovatec, Ricardo Argenta conta que a equipe procurou resolver um problema que abrange muitos negócios: o relacionamento com o cliente e a sua retenção.
“Buscamos resolver isso através de um assistente virtual via WhatsApp, que tenha uma integração com banco de dados, e consiga estabelecer uma conversa com o cliente via questionário com perguntas que podem ser facilmente respondidas através de botões. A gente percebe que muitas empresas não têm esse engajamento, o que acarreta em perda de vendas e do interesse dos clientes, que migram para outras empresas”, conta Ricardo.
Para o participante e estudante da Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Pato Branco (UTFPR), Matheus Santos de Oliveira, o Hackathon é um momento que vai muito além de um desafio.
“É uma oportunidade de abrir portas para o mercado de trabalho ou para quem deseja empreender. Nós, da equipe Facinho, desenvolvemos uma solução para o gerenciamento de estoque por parte dos artesãos do município, uma dor muito forte deles, porque esse controle é algo meio caótico na rotina desses empreendedores. Uma escola que nos desafiou a inovar e buscar soluções”, finaliza o participante.
Para Vanderlei Pinheiro Correia, gerente-executivo das unidades de Pato Branco e Palmas do Senac, o evento contribui com o comércio local.
“A gente vê como o comércio precisa de estratégias que venham para contribuir e que ajudem no desenvolvimento dos negócios. É uma forma de pensarmos conjuntamente em ideias para as nossas empresas, ao mesmo tempo em que podemos fomentar o nascimento de futuras startups”, conclui Vanderlei.
