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Com 19 certificações do Selo Arte, pequenos produtores de Ortigueira abrem mercado nacional

Com a ampliação de mercado e maior credibilidade, município se consolida como referência estadual na habilitação de produtos com o selo para agroindústrias
Por ASN PR
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O município de Ortigueira, na região dos Campos Gerais do Paraná, ganha destaque como a cidade com o maior número de produtos certificados com o Selo Arte no estado, totalizando 19. O reconhecimento reforça a importância da habilitação para os produtos da agroindústria local, garantindo aos pequenos produtores a possibilidade de comercializar seus itens em todo o Brasil. Dos 19 produtos, 18 são da empresa Mel Kutz, e o outro é o requeijão em barra do Empório Lê Kitutes Queijos Artesanais.

Mel Kutz tem o Selo para os méis de Capixingui, Eucalipto e Silvestre, com cinco variações de embalagens para cada um deles, além de três selos para o favo. Foto: Divulgação

Criado para valorizar a produção artesanal, o Selo Arte certifica que os alimentos seguem métodos tradicionais de fabricação, respeitando normas sanitárias e de qualidade. Para os empreendedores rurais, essa certificação significa ampliação de mercado, aumento da comercialização e crescimento econômico. A certificação é concedida pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

De acordo com a consultora do Sebrae/PR, Mariana Santana Scheibel, a gestão municipal de Ortigueira compreendeu rapidamente o potencial do Selo Arte como um instrumento de acesso ao mercado para a agroindústria.

“A certificação também traz benefícios diretos ao Município, como a arrecadação de impostos, incentivo à ampliação das possibilidades de comercialização e diferenciação dos produtos locais e agrega notoriedade ao Município pelo desenvolvimento de políticas que estejam alinhadas aos pequenos produtores”, explica.

Entre os empreendedores que já colhem os frutos dessa certificação está Henrique Kutz, do Mel Kutz, que obteve o selo inicialmente para os méis de Capixingui, Eucalipto e Silvestre, com cinco variações de embalagens para cada um deles, além de três selos para o favo. Segundo ele, a conquista do Selo Arte foi fundamental para a expansão do negócio.

Requeijão em barra, feito com receita familiar e de forma artesanal, também tem o Selo Arte. Foto: Divulgação

“A conquista do Selo Arte foi fundamental para poder ganhar mercado e comercializar nosso mel. Como o produto que possui o Selo Arte pode ser comercializado no Brasil todo, e mais que isso tem garantia de ser artesanal e de tradição, os consumidores aceitam melhor o produto. A aceitação dos três primeiros méis (silvestre, capixingui e eucalipto) foi tão positiva que agora solicitamos o Selo Arte para mais três tipos de florada: mel de laranjeira, gurucaia e assa-peixe. Estamos aguardando confiantes que dará certo, para podermos aumentar nossa produção e comercialização”, projeta.

O secretário municipal de Agricultura e Abastecimento de Ortigueira, Alexandre José Moraes, explica que 18 dos selos são voltados para o mel, respeitando a florada e tamanho de embalagem, e outro para o requeijão em barra.

“O pequeno produtor só tem acesso ao Selo Arte se a prefeitura tiver um Serviço de Inspeção Municipal estruturado, com lei e documentação atualizadas. Nossa pasta tem trabalhado para fortalecer a agroindústria local, agregando valor e renda aos produtores. Já o consumidor final tem a garantia que está adquirindo um produto com qualidade, feito de forma artesanal com matéria-prima da cidade. Isso reflete na valorização da produção, como é o caso do requeijão em barra, que é feito com receita familiar, ou do mel, que tem características próprias da localidade”, pontua.

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