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Empreendedores sentem reflexos positivos da aduana, em Santo Antônio do Sudoeste

Aduana entre Brasil e Argentina, aberta para o turismo há cerca de 30 dias no Paraná, mostra primeiros resultados na economia local
Por ASN Paraná
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Aberta no início do mês de fevereiro, a aduana no município de Santo Antônio do Sudoeste, no sudoeste do Paraná, que faz fronteira com a cidade argentina de San Antonio, vem mostrando os primeiros sinais para os comerciantes locais. Agora, com a possibilidade de moradores dos dois países atravessarem a fronteira a passeio ou para compras, o movimento vem aumentando na região.

De acordo com relatório do posto da Polícia Federal em Santo Antônio do Sudoeste, desde a abertura foram registrados aproximadamente 900 movimentos migratórios na aduana. Com o início das atividades na fronteira, fica autorizada a entrada, saída ou trânsito de viajantes e veículos procedentes do exterior. A cota é de 500 dólares para produtos comprados na Argentina.

Mais pessoas atravessando a região de fronteira também tem significado mais compras no comércio da região. Mauro Moresco, proprietário de um mercado em Santo Antônio do Sudoeste, conta que, com a abertura da Aduana, voltou a abrir o seu estabelecimento aos domingos.

“O fluxo de pessoas está aumentando, gradativamente. A gente já vê mais turistas argentinos, principalmente ao meio dia. Essa abertura veio para beneficiar os dois lados, porque temos produtos mais baratos no lado brasileiro e outros mais em conta no lado argentino. Isso está sendo positivo para o comércio dos dois lados”, afirma o empreendedor.

No restaurante de Laudir, as expectativas são do movimento aumentar cada vez mais em razão do crescimento do turismo na região. Foto: divulgação

Para o empresário Laudir Arendt, dono de um restaurante em Santo Antônio do Sudoeste, a movimentação já é percebida no estabelecimento.

“Eles [argentinos] adoram estar desse lado da fronteira. A gente tem visto o aumento da clientela, especialmente, porque aqui no Brasil eles encontram uma diversidade de produtos que muitas vezes não têm lá. A expectativa é de poder vender cada vez mais pela tendência do crescimento do turismo na região”, conta Laudir.

Do lado de San Antonio, na Argentina, o empresário Néstor Troche, que tem um comércio agropecuário, pontua que a abertura não está trazendo apenas reflexos comerciais.

“O comércio vai melhorar para os dois lados à medida que for passando o tempo, isso será natural. Mas, tem um outro aspecto, o cultural, que também será beneficiado, porque a gente tem uma relação social muito grande. Temos laços muito fortes entre brasileiros e argentinos. Essa aproximação tem se tornado cada vez maior e isso também é importante para o desenvolvimento da nossa região”, enfatiza Néstor.

Do outro lado da fronteira, abertura da aduana também vem para reforçar os laços sociais e culturais entre brasileiros e argentinos. Foto: Divulgação

Fomentar o desenvolvimento

De acordo com o gerente da Regional Sul do Sebrae/PR, Cesar Colini, a abertura da aduana está fortalecendo o desenvolvimento da região.

“Temos um ambiente favorável para o desenvolvimento da região, especialmente através do turismo e do comércio. Uma conquista que é resultado de muito trabalho e que, agora, ficamos na expectativa de que passe a funcionar 24 horas por dia, transformando a região em um ponto de referência”, afirma Cesar.

Aduana pelo lado da Argentina. Foto: Jaison Eduardo Zibetti de Souza

Marco para a região

Segundo o prefeito de Santo Antônio do Sudoeste, Ricardo Ortinã, a abertura da Aduana é um marco, uma vez que também vai estreitar o relacionamento da população entre os dois países.

“Sem dúvidas, vem para gerar mais renda e riqueza para os dois lados da fronteira. Ao mesmo tempo em que a nossa população faz compras lá, os argentinos também ingressam no Brasil. Geramos mais riqueza para os dois países”, completa o prefeito.

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