Solange Pinzon Martins, sócia de uma loja que está há mais de três décadas no mercado, atribui sucesso do negócio às experiências que teve por meio de metodologia da ONU
Solange Pinzon de Carvalho Martins teve, desde muito cedo, dentro de casa, um exemplo vivo e próximo do empreendedorismo. Humberto Pinzon, pai dela, era motivo de inspiração para toda a família por ter vontade de sempre avançar, melhorar e, principalmente, de construir algo maior. Foi nesse ambiente que ela, ainda adolescente, percebeu que escolher uma profissão seria uma missão complicada. Afinal, “herdeira” da mesma gana do “seo” Humberto, ela não queria se limitar.
A vida seguiu. Solange escolheu uma profissão e uma carreira. Era concursada, tinha estabilidade e estava tudo tranquilo – menos ela. Dona de um espírito inquieto, ela decidiu que era hora de apostar em outros projetos. Foi nesse sentido que, em 1986 ela aceitou o convite da irmã, Iraci Pinzon, para ser sócia de uma loja de confecções, a Portinhola, em Toledo. A princípio, estava tudo encaminhado: a irmã cuidaria das vendas e ela tomaria conta da parte administrativa, pois era administradora por formação. Mas, foi nesse contexto que ela percebeu: os conhecimentos adquiridos em sala de aula nem sempre eram suficientes para que ela seguisse os passos do seu pai e obtivesse sucesso no empreendimento familiar.
“Eu sabia muita coisa, na teoria. A escola não me preparou para que eu conhecesse meu potencial e pudesse entender o que ainda precisava trabalhar dentro de mim. Isso foi o Empretec que me trouxe”, relembra Solange.
O Empretec é uma metodologia desenvolvida pela Organização das Nações Unidas (ONU), com o objetivo de desenvolver as dez características empreendedoras. Ela está presente em 40 países e, no Brasil, é aplicada exclusivamente pelo Sebrae.
O Seminário consiste em seis dias de imersão no mundo do empreendedorismo e atividades que equilibram prática e teoria para proporcionar entendimento aos participantes. E foi em meio a esse cronograma que Solange garante: ali, tudo mudou.
“Foi o melhor que fiz na minha vida em termos de empreendedorismo”, enfatiza a empresária. “Costumo falar que o Empretec é o complemento ideal para quem quer empreender porque ele fornece um autoconhecimento muito grande. Primeiro, ele mostra quais são as características de um bom empreendedor e, depois, faz com que você se descubra dentro disso”, reforça Solange.

Depois de concluir o Empretec, Solange aplicou os conhecimentos obtidos no seminário dentro da rotina dos negócios. Segundo ela, desde então, foi perceptível o crescimento – tanto em termos de faturamento quanto em fidelização de clientes.
“O fato de sermos uma empresa sustentável e viável há mais de 36 anos demonstra essa solidificação. Porque ter uma loja no segmento de moda há três décadas, dando rendimento, crescendo ano após ano e gerando empregos, é uma grande conquista”, celebra a empresária.
Nesse sentido, para quem também quer mudar o rumo dos negócios e abrir novos caminhos enquanto empreendedores, uma nova turma do Empretec ocorrerá em Toledo ainda em 2022. O seminário será realizado entre 19 e 24 de setembro, das 8 às 18h.
Mas, conforme explica o consultor do Sebrae Paraná, Willian Braga Tomaz, para participar, é preciso ter muito mais que vontade.
“Por ser um treinamento bastante intenso, os interessados devem entrar em contato com o Sebrae para realizar a pré-inscrição e agendar a entrevista seletiva. Nela, nossos consultores analisam se a pessoa está, ou não, no momento mais adequado para fazer o Empretec, pois ele exige 100% de aproveitamento e participação”, elucida Willian.
Para isso, basta contatar o escritório do Sebrae Paraná em Toledo, pelo telefone (45) 3277-4200. A partir desse contato, todas as informações essenciais sobre o seminário serão repassadas.
Metodologia
O Empretec é composto por 60 horas de capacitação divididas em seis dias consecutivos de imersão. O participante é desafiado em atividades práticas que irão trabalhar as dez características empreendedoras identificadas pela ONU, oportunizando a vivência de fortes mudanças comportamentais, revisão de conceitos e atitudes, além da preparação para a vida e o mercado de trabalho.
Segundo pesquisa realizada pelo Sebrae, pelo menos 75% dos participantes declaram aumento no lucro mensal; 61% passaram a empregar a mais; o custo do emprego gerado caiu 35%; a taxa de mortalidade das empresas no primeiro ano foi de 7%, enquanto no Brasil é de 46%.