O ELI Summit, um dos principais eventos de inovação do Brasil, começou nesta quinta-feira (10), na sede do Sebrae, em Curitiba. Com dois dias de programação, o encontro reúne integrantes de 42 Ecossistemas Locais de Inovação (ELI), instituições de ensino, empreendedores e gestores públicos com foco em “identificar, desenvolver e monitorar projetos inovadores”. O encontro continua nesta sexta (11), com a apresentação de histórias de sucesso, conexões, discussões e temas voltados ao fortalecimento da atuação dos ecossistemas nos municípios do Paraná.
A abertura contou com a presença de César Rissete, diretor-técnico do Sebrae/PR; Alex Canziani, secretário de Inovação e Inteligência Artificial do Paraná (Seia); Marcos Pelegrina, diretor de Ciência e Tecnologia da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná (Seti); e José Maurino Oliveira Martins, coordenador do Sistema Estadual de Ambientes Promotores de Inovação do Paraná (Separtec).

O evento tem como objetivo identificar, desenvolver e monitorar projetos inovadores dos ecossistemas locais de inovação, que adotam uma metodologia desenvolvida pelo Sebrae. Nos dois dias, o ELI Summit vai promover a conexão entre empreendedores, lideranças, ambientes de inovação, representantes de órgãos públicos e de Instituições de Ensino Superior (IES) para aprimorar conceitos na área de inovação e compartilhar experiências entre ecossistemas de diferentes regiões.
A força da inovação paranaense
Logo após a abertura, as autoridades participaram do primeiro painel do ELI Summit, com o tema “O olhar do setor público para o novo”. Para Rissete, o ELI Summit reforça as potencialidades dos ecossistemas locais de inovação do Paraná, que, em diferentes estágios de evolução, representam um papel consistente no crescimento econômico estadual.

“No Paraná, temos 42 ecossistemas com diferentes estados de maturidade, em municípios que representam, hoje, cerca de 50% do Produto Interno Bruto do Estado. Então, a dinâmica econômica paranaense depende, em parte, dos movimentos dos ecossistemas, que funcionam como pontos de apoio para instituições e lideranças que auxiliam quem empreende em sua capacidade de transformar a realidade onde atuam”, afirma o diretor-técnico.
Na visão de Canziani, o evento reforça a vocação do Estado para a inovação, em especial porque foi no Paraná, em 2017, que a metodologia do Sebrae para os ecossistemas foi desenvolvida.
“Estar aqui é uma grande alegria, pois temos a oportunidade de celebrar experiências positivas dos ecossistemas e entender como eles podem melhorar os seus índices e avançar ainda mais em seus projetos. O Paraná é uma referência em inovação, em especial porque aqui a metodologia dos ecossistemas teve início e hoje está presente em várias regiões do País”, pontua Canziani.
Outra característica do ELI Summit está no trabalho conjunto de instituições públicas na área de inovação, que contribuem para que políticas públicas alcancem vários municípios e fortaleçam o trabalho de empreendedores no âmbito local.
“Aqui temos reunidos aquelas pessoas que trabalham em prol da inovação. A gente pode identificar representantes de todos os ambientes de Estado e várias startups, o que reafirma o poder de conexão do ELI Summit. Para nós, do governo do Estado, o Sebrae/PR é um parceiro fundamental, que nos ajuda a promover políticas públicas por todo o Paraná”, acrescenta Pelegrina.
Compartilhando experiências
Na programação, o ELI Summit terá atividades que contemplam tanto a realização de palestras e painéis, com especialistas em inovação, quanto a apresentação de cases de ecossistemas e empresas que tiveram experiências positivas em seus municípios.
Tônia Mansani, presidente da Agência de Inovação de Desenvolvimento de Ponta Grossa e representante do Vale dos Trilhos, ecossistema local de inovação na cidade, comenta que a presença no ELI Summit traz novos olhares sobre as iniciativas dentro do seu próprio conjunto.
“Em cinco minutos que eu pude conversar com outros empreendedores, já fiz conexões com representantes de outras regiões. Isso é muito importante, pois muitas vezes nós interagimos apenas dentro do nosso ecossistema, então estar aqui é uma oportunidade de conhecer outras iniciativas e trazer novas ideias para as nossas startups. Assim, nós podemos aprimorar o trabalho feito em Ponta Grossa, que conecta diferentes atores, como a universidade e o próprio mercado”, explica Tônia.
Hoje, no Paraná, estão presentes os Ecossistemas Locais de Inovação: Apucarana, Araucária, Arapongas, Cambé, Campo Mourão, Cascavel, Castro, Cianorte, Colombo, Conecta Pinhais, Cornélio Procópio, Dois Vizinhos, Estação 43, Fazenda Rio Grande, Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão, Hangar SJP, InovaJandaia, Irati, Mandaguari, Marechal Cândido Rondon, Maringá, Medianeira, Norte Pioneiro, Palotina, Palmas, Paranavaí, Pato Branco, Pitanga, Realeza, Rio Negro, Rolândia, Santa Helena, SunValley, Tecnopolo Guarapuava, Telêmaco Borba, Terra Bonita, Toledo, Umuarama, União da Vitória, Vale do Pinhão, Vale dos Trilhos.