A preparação de ambientes receptivos para ideias inovadoras está no centro da proposta do Sebrae Convida durante a 35ª Conferência Anprotec. Um local dedicado ao compartilhamento de experiências, conexões e contextos reais que fazem parte dos ecossistemas de inovação em todo o Brasil.

A iniciativa foi idealizada pelo Sebrae Nacional e a Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec) com o propósito de dar voz aos empreendedores, assim como também estimular reflexões sobre os caminhos da inovação no país.
Nesta edição, o Sebrae apresentou programas voltados ao fortalecimento de negócios e ambientes inovadores, como o: Sebraetec Negócios Inovadores, Supernova, Startups, Catalisa ICT e Ecossistemas (ELI). Uma das iniciativas é a plataforma nacional do Sebrae Startups que, hoje, conta com cerca de 21 mil startups atendidas por todo o Brasil.
Os painéis, palestras e oficinas abordaram temas como educação empreendedora, deep techs (tecnologias voltadas para soluções novas para grandes problemas da sociedade), internacionalização e tecnologia aplicada à ciência, reunindo empreendedores de diferentes regiões e áreas de atuação.
O gerente de Inovação do Sebrae Nacional, Paulo Renato, explica que o Sebrae Convida se trata de um chamamento para reflexão sobre o novo, o que está por vir nos ambientes de inovação.
“Esperamos que ao final dessas discussões e apresentações, tenhamos um relatório, um projeto para que possamos mostrar para a Anprotec como os próprios associados, empreendedores, almejam um ambiente de inovação do futuro. Que essas incubadoras, aceleradoras, parques que estão aqui, façam uma reflexão a partir do olhar do cliente”, explica.
Ele ainda lembrou que os Ecossistemas Locais de Inovação estão presentes por todo o Brasil, sendo 240 que abrangem cerca de 358 municípios.
A presidente da Anprotec, Adriana Faria, traz a importância desse tema ser abordado com foco na projeção para o que está por vir, principalmente ao se falar em inovação.
“Não lembro de Anprotec sem Sebrae, por isso esse momento dentro da nossa conferência é tão importante. O Brasil é um dos 15 países que mais investe em pesquisa e inovação no mundo e, por isso, precisamos olhar com atenção à criação de incubadoras de empresas tendo um olhar para o futuro”, afirma.

Uma das dinâmicas apresentadas durante o Sebrae Convida foi a oficina Cocriando o Ambiente de Inovação do Futuro. A experiência levou o público a se deparar com equipamentos antigos, antes considerados inovadores, como câmeras fotográficas, máquinas de escrever. Uma forma de exemplificar as mudanças ágeis que acontecem e que leva a entender que é preciso trabalhar com cenários que façam sentido para quem pensa em inovação.
Troca de experiências
Entre os participantes, estiveram empreendedores de startups, pesquisadores e representantes de empresas que nasceram dentro de incubadoras e parques tecnológicos. Após a apresentação dos programas do Sebrae, os conteúdos continuaram com a história de empreendedores no painel “Da sala de aula à startup: a nova geração da inovação”.
A empreendedora Alana Vasconcelos, criadora de startup Ada Metaverse, participou do programa Catalisa ICT do Sebrae, em Aracaju (SE). A empreendedora foi uma das convidadas para falar sobre a expansão no atual cenário inovação.
“O Sebrae tem papel essencial no crescimento das startups. Começamos em 2019, passei por mentorias e programas de incentivo e conseguimos transformar ideias locais em soluções com impacto nacional e até internacional, os ambientes propostos foram essenciais para esse momento que estamos que impacta mais de cinco mil estudantes”, disse Alana.

A pesquisadora potiguar Ana Augusta Rangel, de 24 anos, apresentou um projeto de neurociência aplicada à tecnologia, desenvolvido na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, em Natal, no painel “Jogos e Biotecnologia: diversidade e riqueza nos ambientes de inovação”.
Hoje, ela está à frente do SomaLab, um protótipo de empresa de inovação educacional dedicada a aproximar estudantes e professores do fascinante mundo da neurociência.
“Estar aqui é a realização de um sonho. Quero mostrar que os jovens podem transformar ciência em inovação, e que a pesquisa também é um caminho de empreendedorismo para mudar o país, para isso precisamos contar com incentivo e ambientes preparados para receber este público que quer começar a empreender em ciência”, afirmou Ana.

Outro destaque foi Leandro Scalabrini, fundador da SWA, empresa incubada na UTFPR – campus Medianeira, no oeste do Paraná. A startup nasceu como um projeto de estágio e hoje atende mais de 380 universidades em todo o Brasil.
“O Sebrae esteve conosco desde o início, lá em 2008, apoiando com capacitações, missões técnicas e programas de gestão. Essa parceria foi fundamental para que a SWA crescesse e se consolidasse no mercado educacional”, contou Leandro.
Participaram das ações, incubadoras associadas à Anprotec, gestores, incubadoras, gestores de parques e gestores de coworking, que foram convidados a pensar em conjunto de que forma o cenário da inovação deve estar preparado para receber esses novos empreendedores, a curto e médio prazo.

A Conferência Anprotec é promovida pela Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec), em parceria com o Sebrae. A realização é do Sistema Estadual de Ambientes Promotores de Inovação do Paraná (Separtec), da Fundação Araucária, da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) e do Governo do Estado do Paraná. O encontro está sendo realizado no Rafain Palace Hotel & Convention, em Foz do Iguaçu, no Paraná e segue até quinta-feira (16).
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