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Confiança das micro e pequenas se mantém estável em relação a setembro, mas superior à verificada em outubro de 2021

Segundo Sondagem das Micro e Pequenas Empresas, realizada pelo Sebrae e pela FGV, a expectativa das MPE para a economia nos próximos meses influenciou resultado
Por ASN Paraná
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Segundo Sondagem das Micro e Pequenas Empresas, realizada pelo Sebrae e pela FGV, a expectativa das MPE para a economia nos próximos meses influenciou resultado

A confiança dos donos de micro e pequenas empresas sofreu uma pequena queda no último mês de outubro, mas – apesar disso – permanece estável e superior à registrada no mesmo período do ano passado. De acordo com a pesquisa “Sondagem de Micro e Pequenas Empresas”, realizada pelo Sebrae e Fundação Getulio Vargas (FGV), o Índice de Confiança das MPE teve um recuo de 0,8 pontos, chegando a 99,6 pontos. Essa queda foi causada principalmente pela perda verificada no Índice de Expectativa das MPE (de 2,5 pontos), chegando ao patamar de 96,7 pontos, que se afasta da zona de neutralidade. Os quesitos que compõem o Índice de Expectativa tornaram-se mais pessimistas, com destaque para a tendência dos negócios, que caiu 3,9 pontos (indo para 96,1 pontos), enquanto a demanda prevista empresarial recuou 3,9 pontos (fechando em 94 pontos).

O Índice de Confiança das MPE é resultado da composição dos índices dos três principais setores da economia: Comércio, Serviços e Indústria de Transformação. A piora da confiança em outubro foi atenuada pela Indústria de Transformação, cujo indicador subiu 0,8 ponto. Já os setores de Comércio e Serviços recuaram 2,7 pontos e 2,1 pontos, respectivamente.

“A confiança das micro e pequenas empresas foi influenciada diretamente, em outubro, pelos setores do Comércio e Serviços, enquanto a Indústria de Transformação amorteceu um pouco a queda. A percepção de piora, ainda que de forma modesta, é maior neste momento para as empresas de comércio e de serviços, mas todos os setores projetam agravamento nas perspectivas futuras, considerando o cenário econômico desafiador previsto para 2023, com uma política monetária restritiva, inflação acima da meta e uma desaceleração da economia internacional”, avalia o presidente do Sebrae, Carlos Melles.

Comércio

Após dois meses seguidos de alta, a confiança dos donos de micros e pequenas empresas do setor de Comércio recuou 2,7 pontos em outubro (batendo os 98,1 pontos), saindo da zona de neutralidade. Mesmo com as políticas de incentivos ao consumidor e a recuperação do mercado de trabalho, que contribuem para um maior consumo de bens, o resultado deste mês pode estar atrelado às incertezas que o país está passando e a um cenário de expectativa de desaceleração da economia para o próximo ano. O Índice de Confiança do Comércio (ICOM) teve uma queda ainda mais intensa, de 3,8 pontos, atingindo 98 pontos, o que mostra que, independentemente do porte da empresa, a redução na demanda tem afetado o setor como um todo.

Serviços

A confiança das micro e pequenas empresas do setor de Serviços cedeu 2,1 pontos, descendo para 99,4 pontos, o menor nível desde abril de 2022 (97,8 pontos). Essa queda foi determinada tanto pelo momento atual quanto pelas perspectivas de curto prazo. O Índice de Situação Atual das MPE do setor de Serviços (ISA-S-MPE) foi o que mais influenciou negativamente, recuando 2,4 pontos, para 100,6 pontos, mas ainda se mantendo acima da zona de neutralidade.

Indústria

Após três meses de quedas consecutivas, a confiança das micro e pequenas empresas do setor da Indústria de Transformação (MPE-Indústria) apresentou um ligeiro aumento no mês de outubro: 0,8 ponto, alcançando 97 pontos, continuando abaixo do nível de neutralidade.

O resultado positivo das MPE da indústria decorre principalmente de uma melhora nas avaliações sobre o momento. O Índice da Situação Atual das MPE da Indústria de Transformação (ISA-I-MPE) subiu para 95,6 pontos, um total de 2,9 pontos, mas ainda não foi suficiente para compensar a perda acumulada dos últimos três meses. O quesito que mais contribuiu para o resultado foi o nível dos estoques, o que significa que houve uma diminuição da proporção de empresas que afirmam estar com estoques excessivos no momento.

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