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Cai procura por crédito entre os donos de pequenos negócios

Pesquisa ainda apresenta que um em cada quatro negócios paranaenses teve aumento no faturamento
Por ASN Paraná
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A alta taxa de juros praticada no Brasil tem feito com que os donos de pequenos negócios reavaliem a busca por crédito. De acordo com a terceira edição da pesquisa Pulso dos Pequenos Negócios, realizada pelo Sebrae em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nos meses de abril e maio, 73% dos empreendedores não solicitaram crédito nos três meses anteriores à pesquisa. O Paraná está na média nacional, com aumento de 1% em relação à edição anterior da pesquisa.

O estudo também analisou o crescimento do faturamento, onde 25% dos negócios paranaenses afirmaram ter registrado crescimento. Quanto aos consumidores, os participantes afirmaram que 62% dos clientes moram na cidade, 12% no bairro e 17% no estado.

Entre as formas de pagamento mais comuns durante as compras, entre abril e maio, o Pix foi utilizado em 38% das transações, seguido por 24% do cartão de crédito, 13% do boleto, 7% do cartão de débito e 6% em dinheiro.

O levantamento ainda identificou a situação das empresas. Quando questionadas, 41% afirmaram ter dificuldades para manter meu negócio, diminuição de 4% em relação à edição anterior da pesquisa Pulso dos Pequenos Negócios. Além disso, 27% disseram que os desafios provocaram mudanças valiosas para o negócio e 22% estão animados com as novas oportunidades.

Entre as dificuldades mais apontadas no Paraná, custos como insumos, combustíveis, aluguéis e energia (39%) é o principal, seguido da falta de clientes (29%) e dívidas com impostos, empréstimos e fornecedores (20%). Os empresários ainda foram questionados sobre mudanças de preços nos produtos ou serviços, sendo que 47% disseram não repassar o aumento do valor aos consumidores, 44% realizaram ajustes parciais e outros 7% fizeram reajustes de forma total.

“A atenção pela falta de clientes faz com os empreendedores tenham mais cautela no repasse de aumentos de custos, o que exige ainda mais gestão e planejamento. É importante observar a inserção nos canais digitais, aproveitar as datas comemorativas enfim, criar formas de atrair clientes”, pondera o diretor-técnico do Sebrae/PR, César Reinaldo Rissete.

Pagamento pelo Brasil

O Pix é a forma de pagamento mais utilizada pelos clientes dos microempreendedores individuais (MEI). Nos meses de abril e maio, 52% dos MEI afirmaram que recebem os pagamentos de seus clientes por meio dessa modalidade. O resultado é um ponto percentual superior ao apurado na primeira edição da pesquisa, realizada em setembro do ano passado.

“Essa é uma tendência que veio para ficar entre os pequenos negócios e que beneficia principalmente os MEI, que recebem na hora o pagamento de seus produtos ou serviços e com custos bem menores do que os cobrados pelo cartão de crédito”, comenta o presidente do Sebrae, Décio Lima.

Além desses benefícios, o Pix também ajuda na gestão do dia a dia dos microempreendedores individuais pois, ao fim do expediente, o empreendedor passa a ter maior controle financeiro e a tomar decisões importantes na gestão do fluxo de caixa, como pagar um fornecedor. Além disso, o MEI não precisar se preocupar tanto com o uso de dinheiro em espécie e a necessidade de troco.

“O pagamento por essa modalidade é tão positivo para os pequenos negócios que muitos empreendedores oferecem descontos para pagamentos com Pix”, complementa Décio.

Mesmo com as altas taxas de manutenção, o cartão de crédito é utilizado por 20% dos clientes dos MEI, seguido pelo dinheiro, com 12% da fonte de pagamentos. Entre as micro e pequenas empresas, aquelas que faturam entre R$ 82 mil e R$ 4,8 milhões por ano, o peso da modalidade de pagamento nos caixas das empresas é um pouco diferente e o Pix divide o protagonismo com o cartão de crédito. Ambos foram mencionados como a principal forma de pagamento por 27% dos entrevistados.

O levantamento ainda mostra que 63% dos pequenos negócios possuem dívidas, sendo que desse total 26% estão em uma situação de atraso no pagamento de dívidas. Além disso, 52% dos entrevistados afirmaram que têm 30% ou mais dos seus custos mensais comprometidos com pagamentos de dívidas. Quando é realizado o recorte apenas por porte da empresa, a situação dos microempreendedores individuais é ainda pior: 61% possuem mais de 30% dos custos mensais comprometidos com dívidas.

Os dados da pesquisa foram coletados entre os dias 24 de abril e 2 de maio de 2023, por meio de formulário on-line. Foram respondidos 7.537 formulários dos 26 Estados e do Distrito Federal. O erro amostral é de +/- 1% para os resultados nacionais e o intervalo de confiança é de 95%.

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