A localidade de Banhado Grande, situada na área rural de Guarapuava, tem na extração do pinhão uma das principais fontes de renda para a comunidade local. Aproveitando esse potencial, estudantes da Escola Domingos de Moraes lançaram produtos para venda durante uma feira realizada na escola, no último dia 16, como parte do Jovens Empreendedores Primeiros Passos (JEPP), programa do Sebrae que tem como objetivo desenvolver a cultura do empreendedorismo no ensino formal, com professores, gestores, comunidade escolar e, especialmente, estudantes.
O programa, realizado em parceria com o Município, possibilita que os estudantes desenvolvam habilidades e comportamentos empreendedores de forma lúdica. Foram produzidos pelos estudantes dos 2º, 3º, 4º e 5º anos cadernos de receitas que utilizam o pinhão e chaveiros.
No dia da feira, os participantes puderam degustar algumas das receitas que compõem o caderno, como a farofa de pinhão, bolo, patê, sequilhos e beijinho. Conforme a consultora do Sebrae/PR, Márcia Beatriz da Silva, por meio do JEPP, os alunos são incentivados a buscar autoconhecimento, novas aprendizagens e espírito de coletividade.
“Por isso, tratar o empreendedorismo nas escolas é importante, uma vez que é um ambiente de formação cidadã. Na Escola Domingos de Moraes os alunos identificaram oportunidades locais ao utilizar o pinhão como matéria-prima. São conhecimentos que são disseminados na própria família do estudante e na comunidade local”, explica.
O professor Leonardo Primak Kaminski, acredita que a iniciativa pode transcender os muros da escola e impactar na comunidade, a exemplo do caderno de receitas que pode servir de inspiração aos demais moradores.
“Se a comunidade local buscar comercializar os pratos feitos à base de pinhão, é possível sim que seja uma nova fonte de renda para as famílias”, comenta.
Valdilene Eva Silva Fagundes, mãe de aluna do 4º ano da Escola Domingos de Moraes, conta que a filha retornava para casa sempre com alguma novidade sobre o programa e inspirada a vender alguns produtos.
“Todos os dias ela dizia que podíamos fazer alguns dos pratos à base de pinhão para vender aqui na comunidade. O programa foi uma novidade para nós”, diz.