O Sebrae/PR apresentou, nesta quinta-feira (28), na Fundação Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Mandaguari (Fafiman), o mapeamento do ecossistema de inovação local. A inciativa de trabalho nessa área é da Prefeitura de Mandaguari, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Meio Ambiente e Turismo, da Associação Comercial e Empresarial de Mandaguari (Aceman) e da Agência Regional de Desenvolvimento (ARD). A ação tem como objetivo traçar planos de ação em prol do desenvolvimento do ecossistema de inovação do município.
Participaram do evento lideranças e empresários convidados e autoridades: a prefeita Ivoneia Furtado; o vice-prefeito João Jorge Marques; o secretário de Desenvolvimento Econômico, Meio Ambiente e Turismo, Eduardo Abilio; o secretário de Governo, Francisco José de Biazio; os vereadores Claudete Pereira Velasco, Danilo Camilo Sabino e Sebastião Alexandre; o presidente da Aceman, Fabio Sukekava; o presidente da ARD, Orivaldo Siquinelli; o presidente da associação Cafeman, Fernando Rossetto; o diretor da Fafiman, Ivan Carlos de Moraes; o diretor-técnico do Sebrae/PR, Cesar Rissete; e o gerente da Regional Noroeste do Sebrae/PR, Wendell Gussoni.
Para o mapeamento do ecossistema, foram realizados mais de 25 encontros com lideranças do Poder Público e empresários de empresas de portes distintos, bem como pesquisa de dados sobre o município e as cidades vizinhas.
Mandaguari tem 36.716 habitantes, de acordo com o Censo 2022, e conta com 4.378 estabelecimentos, sendo que 75% pertencem ao setor de comércio e serviços. Aproximadamente, 40% do total são micro e pequena empresa (MPE), com faturamento anual de até R$ 360 mil ao ano. Com relação à mão de obra, 37,7% estão nas grandes empresas e 21,5%, nas MPE.
Conforme o mapeamento, 14 empresas de médio e de grande porte apresentam potencial inovador, sendo que três áreas se mostram promissoras: agronegócio, eletrometalmecânico e químicos e materiais.
“São áreas de vocação regional, ou seja, estão entre as mais potentes no município e nas cidades vizinhas. São setores estratégicos, sobre os quais foi traçado um plano de ação, a fim de desenvolver o ecossistema local, classificado no estágio inicial. Além disso, embora o setor de TIC não seja isoladamente estratégico, é transversal aos demais e também será trabalhado”, explicou o consultor do Sebrae/PR, Luiz Carlos da Silva.
Considerando as áreas prioritárias, as vertentes que serão foco de atividades nos próximos cinco anos, com o objetivo de elevar o estágio do ecossistema de inovação de Mandaguari, englobam a criação de ambientes de inovação, como pré-incubadoras, incubadoras, coworking e espaço maker; programas de desenvolvimento de inovação, como capacitações e hackathons; geração de conhecimento científico e tecnológico por meio das instituições de ensino superior, sendo que apenas a Fafiman oferece cursos presenciais e outras cinco instituições oferecem ensino a distância (EAD); políticas públicas, com a criação de leis de incentivo e de fundos para inovação; capital, a fim de que as empresas possam captar recursos financeiros e incentivos oferecidos pelos governos municipal, estadual e federal; e consolidação de uma governança, que ficará responsável por articular e promover ações no município nas áreas relacionadas no estudo.
Entre os atores do ecossistema que são estratégicos na realização das ações estão a Prefeitura, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Meio Ambiente e Turismo, mecanismos de inovação como a Sala do Empreendedor, Comitê Cidade Empreendedora, a Fafiman e o Programa de Educação Empreendedora aplicado pelo Sebrae/PR. A sociedade organizada, por meio da Aceman, empresas e indústrias também foram relacionadas no mapeamento.
“Temos que fortalecer a governança para a continuidade do trabalho, mas um dos primeiros passos será a criação de um ambiente de inovação, voltado ao desenvolvimento de ideias de empreendimentos e de negócios que desejam inovar. Queremos ampliar o número de inovações de forma sistemática”, observou o consultor do Sebrae/PR.
A prefeita de Mandaguari, Ivoneia Furtado, diz que a união do município com as empresas passará a ser estreitada a partir do início das atividades.
“Temos atividades voltadas ao empreendedorismo, mas o mapeamento funcionará como um alicerce para que possamos construir um futuro melhor para Mandaguari. Agora estaremos focados em dar continuidade a esse trabalho”, comentou a prefeita.
Para o secretário de Desenvolvimento Econômico, Meio Ambiente e Turismo, Eduardo Abilio, o mapeamento representa um novo tempo para o município.
“Temos parque industrial próspero e empresas que já praticam inovação de forma única no município, mas precisamos organizar esse setor, deixando o individualismo de lado para somar. Com a iniciativa pública e o Sebrae, queremos pensar na Mandaguari de dez, vinte anos no futuro, nos inspirando em Maringá, Londrina e Florianópolis, que possuem sistemas mais avançados, mas temos que iniciar o trabalho”, destacou Abilio.