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Estação 43 é premiado por governança, boas práticas e fomento ao empreendedorismo

O Ecossistema de Inovação de Londrina integra 11 governanças setoriais, que têm na inovação a principal força motriz para o desenvolvimento social e econômico
Por ASN Paraná
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Duas premiações recentes, uma estadual e outra nacional, reconheceram o trabalho de governança, boas práticas e fomento ao empreendedorismo do Instituto Estação 43. A instituição, que representa o Ecossistema de Inovação de Londrina, é formada por 11 governanças setoriais e tem o objetivo de promover a integração entre os diferentes atores que enxergam a inovação como força motriz para o desenvolvimento social e econômico da cidade e região.

A primeira conquista deste ano foi o Prêmio Sebrae Prefeitura Empreendedora, na categoria “Simplificação e Fomento ao Empreendedorismo”, que reconheceu, a nível estadual, o trabalho do ecossistema a partir da promoção de um ambiente favorável à inovação; e a segunda foi o Selo CSC Govtech, na categoria Prata, que avalia o nível de boas práticas de governança de ecossistemas municipais de inovação, uma premiação nacional realizada pela plataforma Connected Smart Cities, em parceria com a EXXAS.

A estruturação do ecossistema de Londrina começou em 2017, quando foi realizado o mapeamento do ecossistema local pela Fundação Certi. Na oportunidade, foram mapeados os principais ativos da cidade e os setores econômicos com maior potencial de inovação. O estudo trouxe, também, um planejamento de ações a serem executadas em uma parceria entre Poder Público, entidades, instituições de ensino e empresas para o desenvolvimento de políticas públicas e a criação de novos ativos para transformar a cidade em um ambiente mais favorável à inovação e à instalação de novos negócios.

O diretor executivo do Instituto Estação 43, Roberto Moreira, explica que, na prática, o estudo deu “tarefas” para a cidade, como a criação de governanças setoriais que, na época, eram apenas duas, e hoje são 11. O trabalho cresceu tanto que a cidade viu a necessidade de criar uma marca e fundar uma organização social que funcionasse como um ponto de integração entre os setores.

“Temos 14 instituições no Conselho de Administração do instituto, que faz a gestão do ecossistema e dos ambientes de inovação. As governanças não têm CNPJ e tinham dificuldade para captar recursos e patrocínios, por exemplo”, afirma Moreira.

O consultor do Sebrae/PR, Heverson Feliciano, destaca a importância do Instituto Estação 43 para a articulação de políticas públicas que simplifiquem e fomentem o empreendedorismo e a inovação, assim como a captação de recursos, e a aproximação entre as empresas e os institutos de ciência e tecnologia para a criação de produtos e soluções inovadoras. Ele aponta que, de 2017 para cá, a cidade ganhou muitos ativos, desde startups a novos ambientes de negócios e governanças setoriais.

“Hoje, Londrina tem 20 ambientes de negócios certificados e credenciados no Separtec [Sistema Paranaense de Parques Tecnológicos], 20 coworkings, mais de 250 startups, entre elas, casos de sucesso nacional”, cita Feliciano.

O fundador e CEO da Fortmobile, Guilherme Bittencourt, diz que, por empreender em um meio bastante tradicional, enfrentou preconceitos no início do negócio, que oferece o serviço de contabilidade digital para empresas prestadoras de serviços. Mas, por estar inserido em um ecossistema organizado e ter ganhado notoriedade a partir da participação em prêmios e editais, por incentivo do Sebrae/PR, conseguiu conquistar a confiança dos clientes no negócio.

“Quando recebemos aporte do primeiro investidor anjo, saiu a notícia na Folha de Londrina e três clientes da cidade vieram nos visitar”, lembra.

Para o empresário, estar inserido em programas e eventos que fomentam a inovação e o empreendedorismo é importante para fazer novos contatos, refletir sobre a proposta de valor do negócio, descobrir o que outros players de inovação estão fazendo e como é possível melhorar processos dentro da empresa.

O ex-presidente do Instituto de Desenvolvimento de Londrina (Codel) e futuro secretário estadual de Inovação, Modernização e Transformação Digital, Alex Canziani, diz que o ecossistema tem se fortalecido e, hoje, Londrina recebe várias missões de vários estados brasileiros para conhecer o trabalho desenvolvido pela cidade.

“Temos sido reconhecidos por instituições importantes, porque a nossa governança é um case muito diferenciado e a parceria com o Sebrae tem sido fundamental. Mais importante do que os prêmios, é o que esse ambiente representa em termos de emprego e renda para a cidade. A [empresa] indiana TCS acaba de anunciar mais 5 mil empregos para Londrina. Já estamos colhendo frutos da inovação”, destaca Canziani.